A medida tomada ontem antecipa o período de encerramento para estes espaços.
O encerramento de discotecas e bares com espaço de dança que o Governo definiu para o território continental na primeira semana de janeiro vai ser antecipado para o dia 25, sábado, determinou o executivo.
A decisão, em vigor a partir das zero horas de sábado, foi anunciada ontem em conferência de imprensa pelo primeiro-ministro, António Costa, em Lisboa, após um Conselho de Ministros extraordinário em que foi deliberado antecipar também medidas como a obrigatoriedade do teletrabalho, devido ao aumento do número de casos de covid-19.
O encerramento destes espaços de diversão noturna no território continental estava já previsto para a denominada “semana de contenção de contactos”, definida pelo Governo para o período entre 2 e 9 de janeiro de 2022, após o Natal e a passagem do ano.
Em contrapartida, segundo o Governo, outros estabelecimentos – como casinos, hotéis e restaurantes – podem manter-se abertos para festas de passagem de ano, exigindo-se que os utentes tenham um teste negativo à covid-19.
António Costa referiu que os bares, discotecas e espaços de diversão noturna terão neste período de encerramento apoios no âmbito do ‘lay-off’ simplificado e do programa Apoiar, para ajudar a suportar os seus custos fixos.
Atualmente, os bares e discotecas – que reabriram em outubro pela primeira vez desde o início da pandemia de covid-19 em Portugal, após 19 meses parados – são acessíveis apenas com a apresentação de teste negativo (antigénio ou PCR) ou de certificado de recuperação, mesmo para pessoas vacinadas contra o SARS-CoV-2.
Os clientes não têm de usar máscara nestes espaços, ao contrário dos trabalhadores, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A Associação Portuguesa de Bares, Discotecas e Animadores vai recorrer “a formas de luta” contra o encerramento destes estabelecimentos caso o Governo não clarifique nos próximos dias as restrições anunciadas para o setor.
Em declarações à Lusa, Ricardo Tavares destacou que os empresários da associação vão decidir nos próximos dias formas de luta, enquanto esperam para ver se a regulamentação das medidas hoje anunciadas para o setor, no âmbito do combate à covid-19, clarificam algumas das dúvidas a que o Governo não respondeu.
É de lembrar que os ajuntamentos na via pública de mais de 10 pessoas são também proibidos na passagem de ano.
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes