Um artigo da Resident Advisor explica a relação e as repercussões que a pandemia pode vir a trazer ao mercado do turismo e consequentemente da indústria musical: os promotores e DJs locais têm vindo a unir esforços, tendo em conta a proibição de viagens turísticas previstas para o verão. No entanto, musicalmente falando, estas consequências podem não ser consideradas tão más para a ilha.
Em condições normais, no final de maio seria já esperado um grande volume de turismo para Ibiza, bem como uma forte oferta de festas e clubs, no entanto, só agora após 10 semanas de confinamento, o governo espanhol começa gradualmente a levantar as suas medidas de restrição.
Comparando Ibiza com o resto de Espanha, um dos cinco países com números mais altos de mortalidade, Ibiza parece ter escapado ao pior cenário, registando, até à passada segunda feira, 169 casos positivos de covid-19 e 12 mortes nas regiões de Ibiza e Formentera.
Nas ilhas, apenas a partir de dia 10 de junho está prevista a reabertura de alguns espaços recreativos, mas com apenas um terço da sua lotação total.
O artigo da RA conta com alguns depoimentos de promotores e artistas, que retratam as suas perdas e a sua vontade de, “pelo menos”, “realizar algumas festas mais pequenas” ao longo do verão, uma vez que perderam todo o seu income financeiro.
Embora esta pandemia tenha acabado com a saturação e a overdose de festas e eventos pela qual a Ilha sofria, trouxe uma grande recessão neste mercado, sendo que os promotores esperam que não se perca o espírito que sempre por lá se viveu.
Há também fortes preocupações e receios quanto ao próximo ano, antevendo medidas de recessão como o aumento exponencial dos bilhetes de espectáculos, das bebidas e para a redução dos cachets dos DJs, medidas essas que são previstas e apontadas como as soluções mais prováveis para a superação desta crise.
Joana Andrade