O festival não acontece este ano mas o júri reuniu e seleccionou os filmes que fariam parte da edição deste ano.
Liliana Teixeira Lopes
Filmes de Wes Anderson, Viggo Mortensen, François Ozon e Sharunas Bartas, numa coprodução portuguesa, estão na seleção oficial do festival de cinema de Cannes, ainda que a edição deste ano tenha sido cancelada.
O festival de Cannes, marcado para maio, não aconteceu nos moldes tradicionais por causa da covid-19, mas a direção não admitiu isto como propriamente um cancelamento total, remetendo para a semana passada o anúncio da seleção oficial.
O que significa que os 56 filmes agora revelados, entre cerca de dois mil acolhidos pela organização, poderão ser exibidos nos cinemas nos próximos meses e em 2021 com o selo de “seleção oficial de Cannes”.
Entre os filmes anunciados está “Na penumbra”, filme do realizador lituano Sharunas Bartas, coproduzido pela portuguesa Terratreme, e “Casa de antiguidades”, primeira longa-metragem do realizador brasileiro João Paulo Miranda Maria.
Foram ainda escolhidos “The French dispatch”, de Wes Anderson, “Été 85”, de François Ozon, “Falling”, a estreia do ator Viggo Mortesen como realizador, “Another Round”, de Thomas Vinterberg, ou ainda “Soul”, de Peter Docter pelos estúdios Pixar, e “Aya and the witch”, de Goro Miyazaki, primeiro filme em animação 3D dos estúdios Ghibli.
Graças a colaborações, vários filmes da seleção 2020 serão exibidos noutros festivais à volta do mundo com o apoio ativo de Cannes: estão incluídos Toronto, Deauville, San Sebastian, Pusan, Morelia, Angoulême, Nova Iorque, Roma, Rio de Janeiro, Tóquio, Mumbai, Mar del Plata e Sundance.
A seleção não inclui secções ou seja, foi omitido se fariam parte da competição oficial pela Palma de Ouro, da mostra paralela “Um Certain Regard”, Sessões da meia-noite, Sessões especiais ou Fora da competição.