Depois da crise, uma empresa de marketing digital vai ajudar a livraria a melhorar o seu site e a criar conteúdos online.

No dia em que a Livraria Barata assinalou 34 anos da reabertura, no espaço renovado que atualmente ocupa, uma agência nacional de marketing digital anunciou uma parceria com a livraria para patrocinar a sua retoma.

No âmbito desta parceria, as Páginas Amarelas vão “criar um website com loja online para integrar a estratégia comercial de sobrevivência e afirmação da Livraria Barata, prevendo diversificar canais de receita através da promoção e venda de produtos”, anunciou a agência de marketing, em comunicado.

Em maio, a Livraria Barata anunciou estar a atravessar uma grave crise, fruto do período de confinamento determinado pelo estado de emergência, que a colocava em risco de fechar, e anunciou uma série de iniciativas para tentar a sobrevivência, entre as quais o melhoramento do seu site, em particular do sistema de compra online.

As Páginas Amarelas anunciaram agora esta ajuda à Barata e também que, decorrente desta ajuda, foi criado um pacote mais abrangente de impulso ao setor livreiro, que prevê a oferta dos serviços da agência durante um ano às livrarias que procurem respostas para a necessidade de transição digital.

Também o Estúdio Criativo – Visual Storytellers Jankenpon, responsável pela edição do jornal com o mesmo nome, se associou à Barata, oferecendo-lhe mais de 500 exemplares desta publicação, como anunciou a livraria, na sua página de Facebook, no fim de semana.

Jankenpon é um jornal de cultura Pop, que apresenta histórias em banda desenhada de autores portugueses, com artigos sobre entretenimento – cinema, televisão, banda desenhada e jogos -, assim como a saga “TMG/The Mighty Gang”, de Joana Rosa, e ‘one-shots’ (bandas desenhadas curtas, de um só capítulo), de vários artistas.

Quando a Livraria Barata abriu, há 63 anos, ocupava um espaço minúsculo, pouco mais do que um vão de escada, mas a perseverança e a visão do seu fundador, António Barata, transformaram esse local num espaço alargado de fruição de cultura, arte, conhecimento, informação, pode ler-se no texto publicado nas redes sociais.

Lembrando que a Barata “nasceu nas brumas da ditadura e foi-se tornando um espaço de comunhão literária mas também de resistência, de busca de conhecimento, de informação”, a livraria sublinha que foi sempre uma empresa familiar e com uma história fortemente ligada à história de Lisboa.

http://www.livrariabarata.pt/

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes