Sérgio Tréfaut diz que há um "genocídio" em curso no Brasil e Portugal não pode manter um “silêncio cúmplice”.
O cineasta é um dos promotores da petição “Pela Democracia e Contra o Genocídio no Brasil”…
Para Sérgio Tréfaut, o que se passa em Portugal é que “há uma consciência do horror” que se está a passar no Brasil, mas existe um receio de intervir e, por isso, “prefere-se o silêncio”.
O cineasta considerou que se Portugal não tomar posição face ao que se passa no Brasil, o segundo país do mundo com mais mortes e casos de covid-19, será “cúmplice de um genocídio”, pelo silêncio.
O realizador disse ter contactado o gabinete do primeiro-ministro, António Costa, enviado uma carta-aberta ao Presidente da República e depois ter tido uma conversa telefónica com Marcelo Rebelo de Sousa, e pedido audiências aos partidos políticos.
Na opinião de Sérgio Tréfaut, uma posição contra o Governo de Jair Bolsonaro “não é uma coisa de esquerda”, é uma questão de solidariedade para com os brasileiros que estão “a sofrer” e a “morrer”.
Assim, diz o cineasta, “seria interessante que também as redes humanitárias” entendessem isso e se solidarizassem com o povo brasileiro.
Uma petição lançada em 9 de junho, dirigida ao presidente do parlamento pede ao Estado português que assuma, “em todas as instâncias internacionais”, uma posição de solidariedade para com o povo brasileiro, a defesa dos direitos humanos, e a “condenação” do Governo de Jair Bolsonaro.
A petição conta com mais 1.200 assinaturas e tem como título “Pela democracia e contra o genocídio no Brasil.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo.
Fonte: Rádio Renascença / TSF
Liliana Teixeira Lopes