A inauguração no Centro de Arte Contemporânea da cidade acontece já em julho.
O Centro de Arte Contemporânea em Coimbra, que acolhe a Coleção BPN constituída por perto de duas centenas de obras, é inaugurado no Dia da Cidade, a 4 de julho.
A Coleção BPN (ex-Banco Português de Negócios), que foi adquirida pelo Estado por cinco milhões de euros no início deste ano, passando a integrar a Coleção do Estado, fica instalada em Coimbra, no Centro de Arte Contemporânea, a criar na cidade, anunciou em janeiro a ministra da Cultura, Graça Fonseca.
A criação do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra foi formalmente aprovada, por unanimidade, pelo executivo municipal, na reunião de segunda-feira.
O Centro de Arte Contemporânea em Coimbra, instituído pelo Ministério da Cultura “em articulação com o município”, fica, para já, em três dos quatro pisos de um edifício junto ao Arco de Almedina, na Baixa histórica da cidade, onde outrora funcionou o antigo Banco Pinto & Sotto Maior, adquiridos há mais de quatro anos pela autarquia, revelou, na ocasião, o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado.
O programa curatorial inaugural deste novo Centro de Arte Contemporânea é da autoria do curador David Santos, em parceira com José Maçãs de Carvalho, e arranca com o ciclo “De que é feita uma Coleção?” e com uma primeira exposição de uma série de três, intitulada “Corpo e Matéria”, que apresenta 46 obras da coleção, refere uma nota do Ministério da Cultura e da Câmara de Coimbra.
As instalações definitivas do Centro serão, após profundas obras de requalificação e adaptação, a antiga sucursal da Manutenção Militar em Coimbra, na Avenida Sá da Bandeira, a algumas centenas de metros do edifício que recebe provisoriamente a Coleção BPN.
Este novo equipamento cultural de gestão municipal, que resulta de um trabalho conjunto entre o Governo, através do Ministério da Cultura, e a Câmara de Coimbra, reunirá 193 obras da Coleção de Arte Contemporânea do Estado, fundamentalmente de artistas portugueses, de várias épocas e gerações, indica a mesma nota.
O destino da Coleção BPN aguardava decisão do Governo desde a nacionalização daquela instituição bancária, em 2008.
Para além de três quadros da pintora Maria Helena Vieira da Silva, entretanto depositados, na Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva (onde se manterão), o acervo de obras de arte do ex-BPN reúne obras de artistas consagrados como Paula Rego, Amadeo de Souza-Cardoso, Mário Cesariny, Rui Chafes, Eduardo Batarda e António Dacosta.
Deste acervo saiu a polémica Coleção Miró, que estava para ser vendida no estrangeiro, mas acabou por ficar em Portugal (no Porto, na Fundação de Serralves).
https://www.coimbra.pt/2020/01/camara-e-governo-criam-centro-de-arte-contemporanea-em-coimbra-para-acolher-colecao-do-bpn2/
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes