O DocLisboa 2020 dedica retrospetiva ao cinema da Geórgia. A 18ª edição do festival vai decorrer num formato reformulado, dividido por módulos de exibição.
Liliana Teixeira Lopes
O festival DocLisboa, dedicado ao documentário, terá em outubro uma retrospetiva do cinema da Geórgia, desde os anos 1920 até à atualidade.
A retrospetiva vai decorrer na Cinemateca Portuguesa e conta com cópias restauradas de cem anos da cinematografia georgiana, “desde o cinema mudo inicial até ao novo fôlego de produção dos anos 2010”, ou seja, desde o início do período soviético até à independência da Geórgia, há quase trinta anos.
Nesta 18ª edição, o DocLisboa vai decorrer num formato reformulado, dividido por módulos de exibição de documentário em sala, entre outubro e março de 2021.
O primeiro módulo vai acontecer de 22 de outubro a 1 de novembro.
De novembro a março, será depois apresentada programação “uma semana por mês, nas salas habituais”, acompanhada de debates e conversas.
Mas o Trabalho vai estar também em foco na próxima edição do Doclisboa. O ciclo dedicado ao trabalho vai decorrer de 22 de outubro a 1 de novembro, e nele vai ser apresentado um programa de 20 filmes, de realizadores como Harun Farocki, Helke Sander, Hervé Le Roux, entre outros. A produção cinematográfica durante o período revolucionário português também vai estar em destaque neste ciclo. Este programa surge a partir de uma parceria entre o Doclisboa e a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, que pretende promover a discussão, através do cinema, de direitos humanos e questões sociais relacionadas com o trabalho.
A complementar a programação vai haver espaço para debates amplos sobre a relação entre o cinema, o trabalho e as suas representações cinematográficas. Estes debates vão acontecer online, de forma a poder incluir participantes de diferentes contextos e territórios.