A Associação Portuguesa de Festivais de Música lançou uma campanha de angariação de fundos para aquisição de materiais de proteção e desinfeção necessários para a realização de festivais e concertos.
Sob o lema “Apoia e Protege a Cultura”, a campanha de angariação de fundos – que tem como meta 7.500 euros – decorre em paralelo com as candidaturas dos interessados em ser beneficiados por estes apoios.
Na base está a “situação excecional” vivida pela área dos festivais, da música e de todos os seus profissionais, “sem receitas desde março”, por causa da pandemia de covid-19, que embora começar agora a abrandar com o desconfinamento, jamais “recuperará o que estava projetado para este ano”, com “graves consequências” para um setor que “noutras situações esteve sempre na ‘linha da frente’ para ajudar”, avança a APORFEST.
“As verbas angariadas por esta campanha serão disponibilizadas aos promotores/artistas em festivais e concertos que sejam realizados nos próximos meses de julho, agosto e setembro de 2020, procurando compensar o esforço e a vontade de criar cultura para o público, eliminando o custo extraordinário na aquisição materiais de proteção e desinfeção necessários para a realização desses mesmos eventos”, explica a APORFEST, em comunicado.
Para se candidatarem a este apoio, os interessados terão de submeter uma candidatura que decorre em simultâneo com a campanha de angariação e que serve para validar a entrega destes materiais até um limite máximo de 500 euros por evento/entidade.
Em causa estão os itens de proteção e segurança obrigatórios para a realização dos eventos, de acordo com as normas impostas pela Direção-Geral da Saúde, como álcool gel e seus dispensadores, pulverizador para limpeza de superfícies, acrílicos nos pontos de atendimentos ou interação com o público, material informativo de prevenção e controlo da covid-19, máscaras descartáveis para o público e máscaras descartáveis ou reutilizáveis para ‘staff’ e artistas.
A APORFEST explica a opção por apoiar a compra destes materiais com o facto de constituírem um “custo extraordinário ao promotor e artistas num cenário em que a sua rentabilidade será também menor pela impossibilidade de utilização de muitos espaços ou o condicionamento da sua lotação”.
A APORFEST adianta ainda que no caso de sobrarem verbas, estas serão entregues, no final do mês de setembro, a entidades sociais que tenham essas necessidades no momento, como lares de idosos ou centros paroquiais.
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Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes