Regressa aos jardins do Palácio de Cristal, e não só, de 28 de agosto a 13 de setembro.
A sétima edição da Feira do Livro do Porto regressa aos Jardins do Palácio de Cristal, entre 28 de agosto e 13 de setembro, com o mote “Alegria até ao Fim do Mundo”, contando com participação de 120 stands e um espaço limitado a 3.500 pessoas.
Na apresentação do programa, na terça-feira, o presidente da autarquia, o independente Rui Moreira, salientou que o município procurou, atendendo às circunstâncias provocadas pela pandemia da covid-19, a diversificação de espaços e programação de atividades simultâneas “que, por um lado, permitam uma maior abrangência de públicos e, ao mesmo tempo, garantam as condições de segurança”.
“Esta é a sétima edição da feira do livro e, pela primeira vez, temos um mote literário que ecoa a situação de pandemia que foi vivida nos últimos meses e também o sentimento de esperança no futuro, olhando os poetas e os escritores como faróis, se quiserem, como profetas deste tempo”, afirmou Rui Moreira, salientando que é a partir da Feira do Livro que o município pretende retomar as suas atividades culturais.
O autarca adiantou que haverá atividades transmitidas através da rádio, numa programação de valorização da língua portuguesa e dos poetas, escritores e artistas, com especial foco para os que trabalham na cidade do Porto ou a partir dela.
No total, a edição deste ano, sob o mote “Alegria para o fim do mundo” – título de um livro de Andreia C. Faria, uma das poetas residentes, este ano -, conta participação de 80 entidades, para um total de 120 stands, entre distribuidores, editores, livreiros, alfarrabistas, entidades públicas e privadas.
O programa, com a coordenação do diretor do Museu da Cidade, Nuno Faria, vai estender-se além dos jardins do Palácio de Cristal, ocupando lugares como o auditório do Pavilhão Rosa Mota, o terreiro da Casa do Roseiral e o auditório da Biblioteca Almeida Garrett.
A edição de 2020 presta homenagem a duas escritoras, a portuense Leonor de Almeida, autora de “Caminhos Frios” e “Luz do Fim”, uma das escolhidas por Natália Correia para a “Antologia da Poesia Portuguesa Erótica e Satírica”, e a imunologista Maria de Sousa, que morreu em abril, vítima da covid-19, que deixa um legado de escrita e investigação científica, mas igualmente como poeta.
O autarca destacou ainda “Os concertos do bolso” que, em complemento com os concertos de “Jazz ao Relento”, entre outros, “esboçam um retrato daquilo que é o novo panorama na cidade”. Há ainda sessões cinema, conversas, oficinas, programação infantil e outras ‘performances’.
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Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes