O Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa regressa em setembro, com "sessões mais espaçadas e de lotação reduzida" e dois dias extra "para que o público possa desfrutar do festival com todo o conforto e segurança".

Liliana Teixeira Lopes

A organização do festival, que cumpre este ano a 14ª edição, anunciou que a iniciativa regressa ao Cinema São Jorge entre 7 e 14 de setembro, “depois de três dias de eventos ‘warm-up’ (de aquecimento) ao ar livre”.

“A edição deste ano do MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa “desafia um 2020 atípico com uma retrospetiva sobre o racismo e o cinema de terror, filmes de Pedro Costa, um número recorde de filmes realizados por mulheres e muitas propostas para oito dias de catarse coletiva”.

A retrospetiva “Pesadelo Americano: O Racismo e o Cinema de Terror” inclui sete filmes, “precursores do movimento Black Lives Matter, cujo olhar crítico propõe um acerto de contas com a história”. Entre eles estão “The Intruder”, de Roger Corman (1962), “O Cão Branco”, de Samuel Fuller (1982) e “Foge”, de Jordan Peele (2017).

Este ano, um dos mais respeitados realizadores portugueses da atualidade, Pedro Costa, é o convidado da secção Quarto Perdido, intitulada na 14ª edição “Pedro Costa – Filmar as Trevas”.

Segundo a organização, “Costa abordará em conversa a sua declarada afinidade com o universo do terror e do fantástico e serão exibidos os filmes ‘Ne change rien’ (2009) e ‘Cavalo Dinheiro’ (2014)”.

A secção Serviço de Quarto “mostra este ano um número recorde de filmes realizados por mulheres (cinco por agora, a que se juntarão outras).

Para a secção Doc Terror, a organização anunciou o documentário “Scream, queen! My nightmare on Elm Street”, sobre Mark Patton e o seu papel enquanto primeiro ‘scream queen’ masculino em “Pesadelo em Elm Street II”, “hoje um clássico do cinema LGBT”.

E estes são apenas alguns dos muitos pormenores de um programa que só será revelado na totalidade em Agosto.

https://www.motelx.org/