Quatro amigos num fim de semana tranquilo que é perturbado por um regresso do passado.
O novo filme de Vicente Alves do Ó, “Golpe de Sol”, que se estreia hoje, foca-se em quatro amigos, cujo fim de semana tranquilo de verão é abalado por um regresso do passado, que os obriga a enfrentar assuntos aparentemente resolvidos.
Em “Golpe de Sol”, Vicente Alves do Ó “não queria contar uma história em que as personagens vivessem uma catarse, sobre um assunto que supostamente ainda as incomoda, e que no fim do filme estivesse resolvido, porque na vida real a gente não resolve muita coisa”.
A entrevista à agência Lusa, o realizador contou: “Não há soluções para coisas e nós temos que aprender a viver com elas, ponto. Este filme é sobre as pessoas que eu acho que vão mascarando. Cada um dos quatro teve uma espécie de estratégia para sobreviver àquilo que lhes foi acontecendo, são é estratégias tão superficiais que o que acontece é que um telefonema e uma aparição, entre aspas, convoca naquelas pessoas uma série de assuntos que ficaram por resolver”.
“Golpe Sol”, ao contrário de outros trabalhos de Vicente Alves do Ó, não foi escrito com o objetivo de ser um filme, “foi uma daquelas ideias que não surgem como ideias, são coisas que acontecem”…
O argumento começou a ser escrito há dez anos, num verão “muito lisboeta”… Nesse verão, Vicente Alves do Ó estava “sem trabalho, sem dinheiro”, mas como é viciado em trabalho, começou “a pegar naquelas conversas e a escrevê-las, sem um objetivo final”.
Apesar das quatro personagens serem inspiradas em amigos, nenhuma representa ninguém em particular.
Na escolha dos quatro protagonistas optou, tal como fez em filmes anteriores, por “fazer uma mistura, “de gente muito conhecida, com gente nada conhecida e gente de escolas diferentes”… O realizador escolheu Nuno Pardal, Oceana Basílio, Ricardo Barbosa e Ricardo Pereira, para vestirem a pele de Francisco, Joana, Simão e Vasco, respetivamente.
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes