A Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos marcou a manifestação para sábado, no Campo Pequeno, em Lisboa.
“Manifestação pela Cultura. Campo Pequeno. Sábado 21 Novembro às 10h30” é o que se lê numa publicação partilhada na página oficial da APEFE na rede social Facebook.
Sandra Faria, da APEFE, em declarações à agência Lusa, explicou que a manifestação vai decorrer “dentro do Campo Pequeno, como se de um espetáculo se tratasse”. Ou seja, “cumprindo as regras impostas pela Direção-Geral de Saúde” e com a capacidade do recinto limitada a duas mil pessoas.
Segundo Sandra Faria, a APEFE convidou “associações e movimentos formais e informais do setor”, assim como “artistas” a juntarem-se ao protesto.
As salas de espetáculos encerraram em março, quando foi decretado o primeiro estado de emergência, apesar dos espetáculos terem começado a ser adiados ou cancelados antes disso, e puderam reabrir a partir de 1 de junho, mas com normas de higiene e segurança.
Com a entrada em vigor do segundo estado de emergência e o decreto de um novo recolher obrigatório, desta vez parcial, as salas de espetáculos um pouco por todo o país viram-se obrigadas a alterar horários ou a adiar programação, de modo a conseguirem sobreviver.
Para a APEFE, esta decisão “é uma grande machadada no setor”.
Sandra Faria explicou que não compreende esta decisão “porque as regras são cumpridas exemplarmente nas salas, e as salas são seguras – e são mais seguras do que ir ao supermercado”. O setor da Cultura, que “já está a viver uma tragédia em 2020”, “vê essa tragédia agravada com estas restrições dos fins de semana”, adiantou.
Sandra Faria da APEFE, que viu a notícia que “poderá haver apoio para a restauração, pela perda de faturação nestes fins de semana”, espera agora “que o Governo também se lembre da Cultura e dos espetáculos ao vivo”.
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Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes