A pandemia está a atingir as receitas da Disney. A salvação das contas parece ser o streaming que escapa aos prejuízos.
Liliana Teixeira Lopes
A Walt Disney Co. já reportou uma perda significativa de receitas no trimestre anterior com a pandemia global atingindo os seus parques temáticos e operações de cinema, mas as ações subiram com os ganhos no seu novo serviço de streaming.
A superpotência do entretenimento relatou um prejuízo de 710 milhões de dólares no período concluído a 3 de outubro, em comparação com um lucro de 777 milhões no mesmo período do ano anterior.
A receita caiu 23% em relação ao ano passado, para 14,7 mil milhões de dólares no quarto trimestre da empresa.
Mas por outro lado, as ações da Disney dispararam com a notícia de que o seu serviço de streaming, Disney +, lançado há um ano, atingiu 73 milhões de assinantes, um sinal positivo para a mudança da empresa para competir com rivais como a Netflix.
O relatório informa que os resultados “foram prejudicados” pela pandemia com o enceramento de muitos parques temáticos e “resorts” da Disney e a suspensão das suas operações de cruzeiro.
Aponta o comunicado: “Na área de entretenimento atrasámos, ou nalguns casos encurtámos ou cancelámos, os lançamentos nos cinemas e as apresentações foram suspensas desde o final do segundo trimestre”.
O analista Eric Haggstrom, da eMarketer, disse que o serviço de streaming mostrou resultados impressionantes para a Disney.
Haggstrom disse que “um ano após o lançamento, o Disney+ alcançou facilmente as metas de assinantes de pré-lançamento da Disney quatro anos antes do previsto”.
E acrescentou : “Os outros serviços de streaming da Disney nos Estados Unidos, Hulu e ESPN +, também mostraram um crescimento impressionante de assinantes. No futuro, a Disney precisará aumentar os seus investimentos em conteúdo para os seus serviços de streaming se quiser manter esses assinantes”.