Com o desaparecimento desta lenda do jazz ficamos todos mais pobres.
Chick Corea, lenda do jazz, morreu na terça-feira, dia 9 de fevereiro, aos 79 anos. A notícia foi só confirmada ontem, quinta-feira, 11 de fevereiro, em comunicado partilhado nas redes sociais. Chick Corea “foi vítima de um tipo raro de cancro que só foi descoberto muito recentemente”, escreveu a família do artista.
A nota revela ainda uma mensagem de despedida de Chick Corea: “Quero agradecer a todos aqueles que ao longo do meu percurso ajudaram a manter a chama da música incandescentes. A minha esperança é que todos aqueles que têm uma intuição e inclinação para tocar, compor, atuar ou qualquer outra coisa o façam. Se não o fizerem por vocês, façam-no pelo resto de nós. Não só o mundo precisa de mais artistas como também é mesmo muito divertido. A minha missão foi sempre levar a alegria de criar aonde pudesse ir, e poder tê-lo feito com todos os artistas que admiro de forma tão carinhosa – esta foi a maior riqueza da minha vida”.
O pianista e tecladista de jazz norte-americano ficou conhecido pelo seu trabalho na década de 1970, nomeadamente no género chamado jazz fusion, apesar das diversas contribuições significativas para o jazz tradicional.
A Chick Corea Elektric Band apresentou-se pela primeira vez em Portugal, em 1990, nos Coliseus de Lisboa e Porto, integrada nos festivais promovidos pela Edilidade.
O artista atuou pela última vez em Portugal em 2015, no Festival Cooljazz, acompanhado por Herbie Hancock com quem trabalhou muitas vezes.
O norte-americano participou na criação do movimento electric fusion como membro da banda de Miles Davis na década de 1960, e, nos anos 1970, fez parte do grupo Return to Forever.
Chick Corea é considerado um visionário que fez o jazz saltar as suas fronteiras. Ao longo da sua carreira ganhou 23 Grammys.
No ano passado, lançou o álbum “Plays”, com músicas gravadas nos seus concertos e nas quais se ouve apenas o piano de Corea.
Fonte: SAPO Mag
Liliana Teixeira Lopes