A empresa alega que assim exigem estes e os próximos tempos.
Liliana Teixeira Lopes
Antes da pandemia, a Disney era o maior defensor do lançamento dos filmes nas salas de cinema e no respeito pela sua “janela” exclusiva dos 90 dias.
Uma decisão que era lógica se levarmos em conta que só em 2019, o maior estúdio de Hollywood arrecadou uns inéditos 11,1 mil milhões de dólares de receitas de bilheteira em todo o mundo.
Mas com os cinemas fechados, a Disney lançou em setembro do ano passado a sua grande produção “Mulan” diretamente no seu serviço de streaming Disney+ com um preço “premium”. Seguiram-se a animação “Soul” no Natal (sem pagamento extra) e “Raya e o Último Dragão” esta semana (a preço “premium”).
E a decisão histórica que o presidente executivo descreveu em agosto de 2020 como “pontual” pode ter vindo mesmo para ficar: Bob Chapek acredita que as novas experiências que os vários estúdios estão a fazer para lançar os seus filmes durante a pandemia vão alterar definitivamente o negócio do cinema.
Mas, provavelmente para tranquilizar os parceiros das salas, acrescentou: “certamente que não queremos fazer nada como cortar as pernas de uma exibição nos cinemas”.
A palavra-chave do maior estúdio de Hollywood para a pós-pandemia parece ser “flexibilidade”.
E explicou: “Esta é uma situação fluida e é fluida por duas razões: o impacto de curto prazo da COVID no número de cinemas abertos e na vontade dos consumidores em regressarem. Mas também as mudanças básicas no comportamento do consumidor, que podem ser mais profundas. Estamos a analisar com muito cuidado para ver em quanto tempo essas preferências vão mudar. É por isso que falamos sobre flexibilidade com tanta frequência”.