Começa já este sábado e decorre até ao final do ano. “In Conflict” é uma das iniciativas incluídas no programa que representa Portugal.
Uma arquitetura que olha para o futuro fornecendo soluções de habitação conjunta e inclusiva é o desafio da 17ª exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, em resposta à pandemia, anunciou o curador da mostra, Hashim Sarkis.
Em conferência de imprensa online, de apresentação da bienal, que começa amanhã, sábado, dia 22 de maio, sob o tema “How we will live together” (“Como vamos viver juntos”, em tradução livre), o arquiteto libanês Hashim Sarkis destacou que o ponto de partida foi “como a pandemia mudou a arquitetura e como a arquitetura responderá”.
Nesse contexto, afirmou que os participantes estão todos de acordo, no sentido de pensar a bienal e os seus projetos individuais, não para responder à “necessidade de distanciamento social e de organização do espaço”, mas para responder às causas da pandemia, às alterações climáticas, às desigualdades sociais, à migração de massas, convergindo para a ideia da união, em vez de afastamento.
As cinco escalas abordadas nesta exposição são a do corpo humano, do agregado familiar, das comunidades, territorial, e de um planeta “onde hoje, com a pandemia e as alterações climáticas, é forçoso pensar em mecanismos para resolver este problema global”.
A exposição abre portas a 22 de maio e decorre até novembro, com regras de segurança para conter a pandemia, e um “programa expandido” de exposições, publicações, encontros, espetáculos e transmissão da instalação dos pavilhões nacionais.
Portugal vai ser representado oficialmente na 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza através de um projeto criado pelo atelier depA, coletivo do Porto, cujo programa será composto por um ciclo de debates a realizar entre Veneza, Lisboa e Porto, já iniciado, e uma exposição subordinada ao tema “In Conflict”, a apresentar no Palácio Giustinian Lolin, em Veneza.
À pergunta do curador da bienal – “Como vamos viver juntos?” -, a representação portuguesa responde com o projeto “In Conflict”, do coletivo de arquitetos depA, do Porto, com uma exposição e vários debates sobre a relação entre a arquitetura portuguesa e as questões de habitação, desde a Revolução de Abril de 1974.
“In Conflict” tem curadoria de João Crisóstomo, Carlos Azevedo, Luís Sobral, sócios fundadores do atelier portuense arquitetos depA, e Miguel Santos, curador-adjunto do projeto.
https://www.labiennale.org/en/architecture/2021
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes