Uma ideia que surgiu numa “brincadeira de amigos” e que vai ser posta em prática no próximo dia 6 de junho.
Coreógrafos em improvisos no Jardim Botânico para celebrar procrastinação.
A ideia surgiu de “uma brincadeira entre amigos”, sobre a constante falta de tempo para aprofundar a reflexão. Dessa conclusão, nasceu a possibilidade de celebrar a procrastinação numa maratona de improvisos com sete coreógrafos, num jardim de Lisboa.
“A palavra procrastinação, ou o ato de adiar, tem uma carga negativa, mas podia ser usada como provocação”, disse à agência Lusa a coreógrafa e investigadora Sílvia Pinto Coelho sobre este comportamento socialmente mal visto, que será tema de uma maratona de dez horas marcada para 6 de junho, no Jardim Botânico.
Num cenário de árvores, plantas e flores, sete coreógrafos portugueses e estrangeiros – Lília Mestre, Mark Tompkins, Vera Mantero, Jeroen Peeters, Mariana Tengner Barros, João Bento e Sílvia Pinto Coelho – vão chamar a si o improviso, “com percursos, discursos, dança, contemplação, reflexão e meditação, entre as 10h00 e as 20h00.
O projeto germinou em Sílvia Pinto Coelho em 2018, “numa brincadeira com amigos”, e foi concretizado através da Escola de Procrastinação, depois com um Grupo de Leitura, em 2020 – em contexto de pandemia – que partilhava textos sobre “desacelerar, adiar, procrastinar, sabotar, direito ao ócio e à preguiça”, sobretudo no âmbito dos processos criativos.
No dia 6 de junho, o grupo propõe-se pensar, com um conjunto de outros artistas, “nos efeitos de desacelerar, adiar, procrastinar ou sabotar”, num evento de dez horas a acontecer no Jardim Botânico de Lisboa, aberto ao público, seguindo as restrições obrigatórias no quadro da pandemia.
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes