A mostra está aberta ao público a partir de hoje e até ao final do ano.
Peças inéditas em cortiça e mármore portugueses convivem com outras, icónicas, quase todas marcadas pelo forte ativismo pelos direitos humanos, na maior exposição de sempre realizada pelo artista chinês Ai Weiwei, “Rapture”, que inaugura hoje, em Lisboa, na Coordoaria Nacional.
Numa conferência de imprensa com visita guiada aos jornalistas à exposição de 85 obras, que fica ali patente até 28 de novembro deste ano, Ai Weiwei falou dos seus temas de eleição, e da experiência de vida em Portugal, onde reside, numa propriedade rural em Montemor-o-Novo, desde o ano passado.
Sendo um artista contemporâneo, Ai Weiwei gosta de olhar para o passado, para as tradições, e a arte serve para perceber o que se está a passar com um país.
Na sensibilidade do artista convivem o gosto pelas coisas simples – como a natureza e os animais da sua herdade alentejana – e toda a tragédia humana expressa na sua obra plástica e audiovisual, onde estão patentes a indignação e a denúncia sobre a crise ambiental, a guerra, os refugiados, a censura, a perseguição política, o exílio, as restrições à liberdade e a pobreza no mundo.
Em “Rapture”, na Cordoaria Nacional, a partir de hoje, encontramos tudo isso.
Liliana Teixeira Lopes