Afinal, para entrar em discotecas e salas de grande capacidade vai passar a ser necessário “passaportes” de vacinação.
As discotecas e as salas com grande capacidade vão ser obrigadas a pedir à entrada “passaportes” de vacinação contra a Covid-19 a partir do final de setembro em Inglaterra, anunciou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, incentivando os jovens a imunizarem-se.
A medida representa uma inversão relativamente à posição anterior, quando o Governo recusou forçar a adoção deste tipo de documentação para aceder a serviços e espaços de lazer, deixando a opção às empresas privadas.
Na segunda-feira, numa conferência de imprensa, Boris Johnson argumentou que a obrigatoriedade de certificação para o acesso a “discotecas e outros locais de grande concentração de pessoas” é necessária para reduzir a transmissão do vírus.
E acrescentou que a medida deve ser implementada “até ao final de setembro, quando todos os maiores de 18 anos terão a hipótese de levar uma segunda dose [da vacina]”.
O jornal The Times já tinha noticiado, há uma semana, que o executivo pretendia exigir certificados de vacinação para entrar em bares e restaurantes.
Boris Johnson deixou em aberto a possibilidade de estender esta medida aos ‘pubs’, reservando-se “o direito de fazer o que for necessário para proteger a população”.
Aludindo à tendência internacional de associar a vacinação completa de adultos à abertura das fronteiras, o primeiro-ministro britânico reconheceu que 35% dos jovens de 18 a 30 anos, cerca 3 milhões de pessoas, ainda não responderam à chamada para a imunização.
O anúncio destas medidas coincide com o levantamento ontem da maioria das restrições aos contactos sociais, nomeadamente o distanciamento social e limites ao número de pessoas que se podem juntar ao ar livre ou em espaços fechados.
O uso de máscaras também deixou de ser obrigatório em lojas e transportes públicos, apesar da maioria das empresas e transportadoras continuar a pedi-lo aos clientes e utentes.
Algumas discotecas festejaram, abrindo à meia-noite pela primeira vez desde março de 2020, mas especialistas têm alertado para o risco do plano de desconfinamento do Governo, tendo em conta o crescimento exponencial de pessoas infetadas.
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes