Até 19 de setembro vai haver pelas ruas da capital música, teatro, dança, cinema, artes plásticas, circo e magia.
Música, teatro, dança, cinema, artes plásticas, circo e magia vão encher as ruas da capital de 21 de agosto a 19 de setembro, integrados na iniciativa Lisboa na Rua, que este ano aborda temas como ambiente, feminismo e desporto.
De acordo com a programação divulgada pela EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural da Câmara Municipal de Lisboa, responsável por esta iniciativa, o Lisboa na Rua abre com um concerto de percussão e voz “que olha para o Atlântico de um ponto de vista único: o Castelo de São Jorge”. Trata-se de um espetáculo intitulado “A Música e o Mundo – Encontros Sonoros Atlânticos”, para assistir no castelo, ao entardecer, com obras de Philip Glass e duas estreias mundiais de Ângela da Ponte e Vasco Mendonça, interpretadas pelo Drumming e Stephen Diaz.
Esta edição do Lisboa na Rua retoma as tradições, mas “adaptando-se ao contexto atual”: o Festival de Máscara Ibérica regressa num novo formato, com apresentações de grupos das Astúrias, Galiza e Miranda do Douro, em museus e monumentos da cidade.
O programa Dançar a Cidade, que este ano se debruça sobre as danças africanas, caribenhas, ibéricas ou sul-americanas, convida a participar em aulas de dança ao ar livre ou em espaços como um jardim, uma biblioteca ou um museu.
Também a magia regressa às ruas e jardins da cidade, assim como o novo circo, com performances de artistas de rua, numa iniciativa designada Chapéus na rua, que já vai na sua 6ª edição e que quer afirmar-se como “O Festival de Circo de Lisboa”.
O cinema ao ar livre apresenta-se no jardim do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, versando sobre o tema dos direitos humanos no mundo do desporto, com filmes vindos do Irão, Etiópia, Estados Unidos da América e também Portugal: “Offside: Fora-de-Jogo”, de Janar Panahi, “The Athlete”, de Rasselas Lakew, “Back on Board: Greg Louganis”, de Cheryl Furjanic, e “Documento Boxe”, de Miguel Clara Vasconcelos.
Será também no jardim do Palácio Pimenta que terá lugar o primeiro espetáculo escrito e encenado pela rapper Capicua, “A tralha”, que alerta para que as preocupações ambientais continuam a ser urgentes e que estará em cena entre 3 e 5 de setembro. Por seu lado, entre outros, a artista Grada Kilomba estreia uma instalação que pretende confrontar com o “passado histórico e recorda histórias e identidades esquecidas ao longo do tempo”, que vai estar patente no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, de 3 de setembro a 17 de outubro. Esta instalação, “O Barco”, é composta por 140 blocos, que formam a silhueta do fundo de uma nau e desenham minuciosamente o espaço criado para acomodar os corpos de milhões de africanos, escravizados pelos impérios europeus.
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Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes