Meia centena de filmes são exibidos em novembro no Cinema São Jorge e no City Alvalade.
Liliana Teixeira Lopes
Cerca de 50 filmes do cinema lusófono, entre comédia e dramas, mas também obras que falam de ativismo e direitos humanos, compõem o programa do FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, a decorrer em novembro, em Lisboa.
De acordo com a organização, a 12ª edição do FESTin arranca a 17 de novembro, no Cinema São Jorge, e tem também programação até ao dia 21 no cinema City Alvalade e na plataforma “online “festinon.com”.
O festival abre com “Jesus Kid”, filme do realizador brasileiro Aly Muritiba a partir da obra homónima de Lourenço Mutarelli. O filme centra-se em Eugênio, um escritor de “westerns” que vive uma crise criativa com a sua personagem mais conhecida, Jesus Kid.
Este ano, o FESTin exibe meia centena de filmes, entre curtas e longas-metragens, de documentário e ficção, alguns dos quais em competição.
Destaque na programação para a “Medida Provisória”, estreia nas longas-metragens do ator brasleiro Lázaro Ramos, e ainda para “Sementes: Mulheres Pretas no Poder”, das realizadoras brasileiras Éthel Oliveira e Júlia Mariano, sobre mulheres ativistas no Rio de Janeiro, entre as quais a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018.
O festival escolheu ainda o filme português “A mulher sem corpo”, de António Borges Correia, premiado no Fantasporto e que aborda a violência doméstica, a partir de testemunhos reais de mulheres vítimas de abuso.
“Casa velha”, filme de César Pedro sobre uma associação de artistas que subsiste há mais de 25 anos em Nampula, no norte de Moçambique, e “Manuel d’Novas – Coração de Poeta”, documentário sobre aquele compositor cabo-verdiano, e assinado pelo filho, Neu Lopes, também marcam presença no festival.