Conhecida como Rainha do Funk, foi uma das pioneiras deste estilo musical norte-americano, apesar de nem sempre ter sido compreendida.
A cantora norte-americana Betty Davis, uma das vozes mais influentes da música funk, morreu aos 77 anos, avançou a Rolling Stones, notícia confirmada por Danielle Maggio, etnomúsicologa focada na música da artista e uma amiga pessoal.
Nascida Betty Mabry, em 1945, em Durham (Carolina do Norte), foi modelo, cantora e compositora, sendo reconhecida como uma das vozes pioneiras e mais influentes da música funk, que fundiu os ritmos soul, jazz e R&B.
Davis, cuja carreira se prolongou entre 1964 e 1975, começou a trabalhar como modelo, mas foi na música que se tornou uma das mais influentes artistas dos anos 1960, como uma efusiva mistura musical entre o rock e o soul que resultavam em concertos inesquecíveis.
A artista foi casada com o Miles Davis, cujo último nome ela adotou como o seu nome artístico, e apesar do casamento apenas ter durado um ano, esta deixou uma marca forte na carreira do músico, ao figurar na capa do disco “Filles de Kilimanjaro”, mas também por introduzir Miles a um arrojado novo estilo de se vestir, com roupas hippies, e à nova música dos anos 1960, o rock.
Betty Davis subiu à cena musical de Nova Iorque com composições, como “Get Ready for Betty”. Temas como “Shut Off the Light” e “If I’m in Luck I Might Get Picked Up” abriram o caminho a artistas como Prince e Madonna.
Betty Davis deixou abruptamente a música no final dos anos 1970, e manteve-se afastada da indústria até ao lançamento de uma nova canção intitulada “A Little Bit Hot Tonight” em 2019.
Apesar da música de Betty Davis nunca ter chegado a ser um grande sucesso financeiro, tornou-se uma grande influência para diversos artistas contemporâneos, como Jamila Woods, Erykah Badu ou Janelle Monae.
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes