A bienal de arte contemporânea tem por título “Meia-Noite” e decorrer de 9 de abril a 26 de junho.
A bienal de arte contemporânea Anozero, que teve um primeiro momento em novembro de 2021, apresenta, a partir de abril, obras de mais de 40 artistas e coletivos, “muitas das quais inéditas”, em cinco “espaços emblemáticos” de Coimbra.
A Anozero, que tem como título “Meia-Noite”, arranca em 9 de abril e estende-se até 26 de junho.
Vai estar presente no Círculo Artes Plásticas de Coimbra (Sereia e Sede), Estufa Fria e Estufa Tropical do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra e no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, “epicentro” da bienal, afirmou a organização, numa nota de imprensa.
Nesta edição, as curadoras Elfi Turpin e Filipa Oliveira partem da ideia de noite e do papel dos morcegos que ajudam a conservar o espólio da Biblioteca Joanina (alimentando-se de insetos) para refletirem sobre formas marginais e inesperadas de “produção de conhecimento”.
Nesse sentido, foram convidados artistas para partilharem ferramentas que “multiplicam e desconstroem mundos”, que “consideram a inclusividade e a invisibilidade, a empatia e a generosidade”.
Nesta bienal, há um convite à libertação de narrativas que geram “uma imbricação de discriminações, como o racismo, a discriminação de classes ou o sexismo”, pode ler-se no texto das curadoras.
Na edição deste ano, há um expressivo contingente de artistas africanos presentes, como é o caso de Christian Nyampeta (Ruanda), Obi Okigbo (Nigéria), Em’kal Eyongakpa (Camarões), Eurídice Kala (Moçambique) ou Seyni Awa Camara (Senegal).
Pela Anozero, passam também obras de nomes como a argentina Vivian Suter, com trabalhos na coleção da britânica Tate, a poeta e cineasta francesa Sarah Maldoror, que faleceu em 2020 e que se estreou no cinema com a adaptação de um conto do angolano José Luandino Vieira, o fotógrafo americano Paul Sepuya, a americana Mary Beth Edelson, considerada uma das pioneiras do movimento de arte feminista americano, a artista peruana Lastenia Canayo ou a colombiana Laura Huertas Millán.
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Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes