O programa deste ano do festival conta com a mais extensa competição nacional de sempre de longas-metragens.
Várias produções portuguesas exibidas e premiadas em festivais estrangeiros, como as de Jorge Jácome e Pedro Neves Marques, integram as competições nacionais do festival IndieLisboa, que começa no dia 28.
A 19ª edição do IndieLisboa conta com cerca de 250 filmes e a mais extensa competição nacional de sempre de longas-metragens, com nove obras, “numa prova da vitalidade que se vive atualmente no cinema português”.
Dessa secção competitiva fazem parte algumas primeiras obras em longa-metragem, como “Super Natural”, de Jorge Jácome, “Águas do Pastaza”, de Inês T. Alves, e “Rua dos Anjos”, de Renata Ferraz e Maria Roxo.
Na competição vão estar ainda os documentários “Atrás Dessas Paredes”, de Manuel Mozos, e “Viagem ao sol”, de Susana de Sousa Dias e Ansgar Schaefer, sobre crianças austríacas enviadas para Portugal depois da II Guerra Mundial. A eles junta-se “Via Norte”, de Paulo Carneiro.
“Mato Seco em Chamas”, de Adirley Queirós e Joana Pimenta, que acaba de ser premiado em Paris no festival Cinema du Réel, “Frágil”, de Pedro Henrique, e “O Trio em Mi Bemol”, de Rita Azevedo Gomes, a partir de uma peça de Éric Rohmer, completam a competição de longas.
Na competição de curtas-metragens, a direção escolheu obras de ‘autores estabelecidos e novos cineastas’, contando, por exemplo, com “Domy + Ailucha – Cenas Kets!”, de Ico Costa, “By Flávio”, de Pedro Cabeleira, e “Tornar-se um Homem na Idade Média”, de Pedro Neves Marques.
Fora de competição, destaque para uma dupla estreia do realizador João Botelho, que apresenta “O jovem Cunhal”, “um filme detectivesco em que se examinam os primeiros anos de vida” do líder histórico do PCP, Álvaro Cunhal, e “Uma Coisa em Forma de Assim”, sobre o escritor Alexandre O’Neill.
O IndieLisboa estreia “Sita – A Vida e o Tempo”, de Margarida Cardoso, sobre a anticolonialista e militante comunista Sita Valles, e “Lisboa”, de João Trabulo, a partir do livro de fotografia “Lisboa, Cidade Alegre e Triste”, de Victor Palla e Costa Martins.
Segundo a organização do IndieLisboa, a abertura será com dois filmes: “Albufeira”, uma curta-metragem promocional dos anos 1960 feita por António Macedo, e “Zéfiro” (1993), de José Álvaro de Morais.
O encerramento do festival terá, em antestreia nacional, “A viagem de Pedro”, um drama histórico luso-brasileiro de Laís Bodanzky sobre o ex-imperador do Brasil de regresso a Portugal.
O IndieLisboa decorre até 8 de maio no cinema São Jorge, na Culturgest, Cinemateca Portuguesa e no Cinema Ideal, retomando, assim, o calendário do festival pré-pandemia.
https://indielisboa.com/
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes