O objetivo é a defesa de uma remuneração justa e equilibrada pelo uso online das obras dos profissionais da cultura.
Representantes dos atores, bailarinos e músicos em Portugal lançam hoje uma campanha vídeo em defesa de uma remuneração justa e equilibrada destes profissionais, pela utilização das suas obras online, de cujas receitas só recebem 10%.
O objetivo da iniciativa “Streaming Justo – Por um Mercado Digital Justo” é “mobilizar a opinião pública contra a exclusão dos artistas do Mercado Único Digital (MUD)”, anunciou a Gestão dos Direitos dos Artistas (GDA), em comunicado, alertando para o facto de as receitas geradas online serem repartidas em 60%, pelas editoras, 30%, plataformas, como a Spotify, Deezer, Apple Music e Amazon Music, sobrando apenas 10% para os criadores dos conteúdos.
A campanha pelo “streaming justo” com vídeos de rua defende que a utilização online das obras dos artistas – onde se incluem os portugueses – seja remunerada de forma justa e equilibrada, de acordo com os propósitos da diretiva europeia dos direitos de autor e direitos conexos para o Mercado Único Digital.
Aprovada pelo Parlamento Europeu e pela Comissão Europeia em 2019, esta diretiva continua sem ser transposta para Portugal, apesar de Bruxelas já ter aberto um procedimento por infração ao Estado português devido ao atraso.
https://streamingjusto.pt/
Fonte: SAPO Mag
Liliana Teixeira Lopes