O artista está em queda há algum tempo, mas nas últimas semanas muita coisa aconteceu.
A advogada de Johnny Depp abandonou Kanye West. Camille Vasquez foi contratada para defender Kanye West, mas ao fim de uma já desistiu.
O rapper contratou Vasquez após a vitória desta no processo que opôs Johnny Depp a Amber Heard, com o objetivo de defender a sua imagem pública.
No entanto, segundo o “TMZ”, a sua recusa em retratar-se dos comentários antissemitas que fez levou a advogada a demitir-se.
No espaço de algumas semanas, o músico foi forçado a retirar os seus bens do seu banco, o JPMorgan, foi alvo de um processo por parte da família de George Floyd, e marcas como a Balenciaga, a Adidas e a revista “Vogue” anunciaram um corte de relações com Kanye.
Também a Creative Artists Agency terminou a relação que tinha com o artista.
Como se isto não bastasse, um documentário sobre Kanye West – agora Ye – foi cancelado pelas mesmas razões.
Kanye West tinha sido recentemente impedido de publicar assuntos antissemitas no Twitter e no Instagram por violar as políticas daquelas redes sociais. Decidiu por isso, comprar uma rede social, a “Parler”.
Tudo isto resulta de declarações como, por exemplo, as que fez após ter marcado presença na estreia do documentário “The Greatest Lie Ever Sold: George Floyd and the Rise of BLM”, realizado pela comentadora conservadora Candace Owens. Na altura, Kanye disse ter passado a acreditar que a morte de Floyd, às mãos da polícia de Minneapolis, em maio de 2020, se deveu ao consumo de drogas.
“Estava drogado com fentanil. Se olharem bem para as imagens, o joelho do polícia nem sequer estava bem em cima do pescoço”, disse. Recorde-se que o agente da polícia em questão, Derek Chauvin, foi condenado em tribunal pelo homicídio de Floyd.
Kanye garantiu ainda, numa entrevista, que não é antissemita, dado que se considera judeu, através “do sangue de Cristo”. “Os judeus controlam os negros. Usamos uma camisola da Ralph Lauren, assinamos por uma editora, temos um agente judeu… Respeito o que eles fizeram pelo seu povo”, afirmou.
O cantor também sugeriu que a escravatura era uma escolha e disse que a vacina contra a COVID-19 era a “marca da besta”.
No início de outubro, Kanye West foi criticado por usar uma camisola com a inscrição “White Lives Matter” (Vidas Brancas Importam, em tradução simples) para exibir na Paris Fashion Week.
Liliana Teixeira Lopes