É um documentário que traça um retrato mais fidedigno de quem era, realmente, o músico.
Liliana Teixeira Lopes
“Louis Armstrong’s Black & Blues” é um novo documentário que tenta retratar o mítico músico de jazz como ele realmente era.
Senhor de uma voz imediatamente reconhecível, o seu sorriso era famoso pelo mundo inteiro. O seu talento musical único, claramente genial, mudou realmente a cultura do Estados Unidos.
E é nisso mesmo que está o desafio de fazer um documentário que não fosse “mais um” sobre Louis Armstrong. Que mais há a dizer sobre “Pops” como também era conhecido?
O realizador e jornalista Sacha Jenkins aceitou o desafio e resolveu fazer um documentário, este “Louis Armstrong’s Black & Blues”, dando voz a Armstrong. Recorrendo não só àqueles que o conheceram, mas também a entrevistas dadas pelo próprio músico, Jenkins traça um retrato mais íntimo e pessoal de Pops, que acaba por revelar muito mais sobre o trabalho do gigante do jazz.
Neste documentário, o realizador desmistifica o mito e mostra a personalidade – várias vezes em conflito consigo própria – de Louis Armstrong.
Torna-se óbvio neste “Louis Armstrong’s Black & Blues”, que Sacha Jenkins teve ao seu dispor uma enorme quantidade de material de arquivo. Não só entrevistas que o músico deu a vários meios de comunicação, com gravações áudio e fílmico de atuações ao vivo, fotografias e mais importante que tudo isso, o acesso a diários áudio gravados pelo próprio Louis Armstrong, onde expõe os seus pensamentos mais profundos e as suas reflexões mais íntimas.
O documentário “Louis Armstrong’s Black & Blues”, de 1 hora e 44 minutos, estreou na Apple TV+, na sexta-feira passada.