São cinco filmes que passam a estar disponíveis em todos os países onde está disponível a plataforma de streaming.
É já esta sexta-feira, 4 de novembro, que cinco filmes de realizadoras portuguesas vão ser lançados em todos os países onde está disponível a plataforma de streaming Netflix, com 223 milhões de subscritores.
Entre os títulos destaca-se “A Metamorfose dos Pássaros”, de Catarina Vasconcelos, com Joana Gusmão na produção, o filme português com mais presenças em festivais em todo o mundo e o mais premiado de 2020, e que foi o candidato de Portugal a uma nomeação ao Óscar de Melhor Filme Internacional em 2021.
Os outros filmes são “Soa”, de Raquel Castro, com argumento de Isabel Machado, produção de Joana Ferreira e Sara Simões; “Mar”, de Margarida Gil, com argumento de Rita Benis; e “Simon Chama”, de Marta Sousa Ribeiro, e produção de Joana Peralta.
A eles junta-se “Desterro”, da realizadora luso-brasileira Maria Clara Escobar.
A iniciativa decorre no âmbito de uma parceria com a Academia Portuguesa de Cinema revelada em dezembro do ano passado em que os cinco filmes foram selecionados por um júri, a partir de uma convocatória destinada a dar mais visibilidade a mulheres portuguesas – ou com residência permanente em Portugal – que tenham estado envolvidas na produção, realização ou escrita de argumento.
A parceria prevê o licenciamento das longas-metragens à plataforma Netflix pelo período de um ano, que assim cumpre uma parte das suas obrigações de investimento em Portugal, que podem ter a forma de “promoção de obras cinematográficas e audiovisuais europeias e em língua portuguesa” nos respetivos catálogos.
Segundo o regulamento, as candidatas associadas a cada um dos filmes selecionados receberam 15.000 euros (no caso de haver mais do que uma candidata por filme selecionado, os 15.000 euros foram repartidos entre todas).
“Este é apenas um primeiro passo no caminho de uma maior representatividade e igualdade de oportunidades de mulheres no setor do cinema e audiovisual”, sublinhou a academia na altura.
Fonte: SAPO Mag
Liliana Teixeira Lopes