Passam hoje 25 anos sobre a inauguração
A Expo-98 arrancou numa sexta-feira, dia 22 de maio de 1998, com 3.900 convidados VIP recebidos pelo então Presidente Rapública Jorge Sampaio e uma “enchente” de público que rondou mais de 100 mil pessoas naquele fim de semana, divididas entre a curiosidade das mostras dos pavilhões dos países e dos acontecimentos espetaculares que surgiam ao longo do dia e da noite, como o apocalíptico desfile dos “olharapos” ou o espetáculo de luz e som à meia-noite, o “aquamatrix”, na baia em frente ao Oceanário, considerado atualmente o melhor do mundo.
Tudo começou quando o jornalista e escritor António Mega Ferreira e o escritor, tradutor e político Vasco Graça Moura (ambos já falecidos) tiveram em 1989 a ideia de criar uma exposição mundial em Portugal, enquanto estavam ambos à frente da Comissão para as Comemorações dos 500 anos dos Descobrimentos Portugueses.
A exposição que há 25 anos chamava a atenção para os “Oceanos: Um património para o futuro”, marcou uma reviravolta no desenvolvimento e crescimento da cidade de Lisboa para oriente, teve estatuto mundial, maravilhou os mais de 10 milhões de portugueses e estrangeiros que a visitaram, contou com 143 países e 14 organizações internacionais, e bateu recordes entre 22 de maio e 30 de setembro.
A Expo-98, a maior exposição cultural e temática jamais realizada em Portugal, comemora hoje um quarto de século, deixando na herança a revitalização de uma área degradada que se tornou numa zona habitacional de elite.
A câmara de Lisboa assinala esta segunda-feira os 25 anos da Expo’98 com a inauguração de uma rua do Parque das Nações com o nome de Rua António Mega Ferreira, o comissário da exposição mundial.
Debaixo da pala do Pavilhão de Portugal, com a presença do presidente da autarquia lisboeta, Carlos Moedas, marca o dia de hoje a assinatura do memorando de entendimento entre os herdeiros de António Mega Ferreira, a Câmara de Lisboa, a Junta de Freguesia do Parque das Nações e a Universidade de Lisboa para a instalação da Biblioteca António Mega Ferreira no Pavilhão de Portugal.
Desta cerimónia faz parte também a inauguração hoje de uma exposição de fotografias de Luís Pavão sobre o Parque das Nações, organizada pelo Arquivo Fotográfico Municipal.
A celebração dos 25 anos da Expo’98 termina com o lançamento do livro de textos “A minha Lisboa, o Castelo, o Tejo e Tudo” da autoria de António Mega Ferreira, considerado o “pai da Expo’98”, com fotografias de Kenton Thatcher e com o espetáculo de evocação “António Mega Ferreira – Todas as Cores nas tuas Mãos” organizado por um grupo de amigos, com a participação da Orquestra Metropolitana de Lisboa e que decorrerá no Teatro Camões.
Fonte: Lusa / SAPO24 / TSF
Liliana Teixeira Lopes