Uma adaptação de um romance russo, uma outra adaptação de uma "Anime" e um documentário com selo português são algumas das novidades nas salas.
Liliana Teixeira Lopes
“Velas Escarlates” (“L’Envol”, no original) é um filme de Pietro Marcello.
Na sua primeira obra em língua francesa e depois do galardoado “Martin Eden”, Pietro Marcello volta com uma nova adaptação literária inspirada no romance russo de 1923 “Velas Escarlates” de Aleksandr Grin.
De contornos que roçam o realismo mágico e apresentado ao mundo na Quinzena dos Realizadores em Cannes, este é um conto evocativo e autoral de amor e emancipação.
Em “Velas Escarlates”, sonho, paixão e profecia acompanham o crescimento de Juliette na França do início do século XX.
O filme conta com a participação de Raphaël Thiéry, Juliette Jouan e Louis Garrel.
“Cavaleiros do Zodíaco”, de Tomasz Baginski, baseado na icónica série de anime, leva a saga de Saint Seiya ao grande ecrã, pela primeira vez em imagem real.
Seiya, é um corajoso adolescente sem abrigo que se dedica a lutar por dinheiro, enquanto procura a sua irmã que foi raptada. Numa das suas lutas acede a um poder místico que não sabia ter, atirando-o para uma nova existência de guerreiros, treinos ancestrais mágicos e uma deusa reencarnada que precisa da sua proteção. Se sobreviver, terá de aceitar o seu destino e sacrificar tudo para assumir o seu legítimo lugar entre os Cavaleiros do Zodíaco.
No elenco estão Mark Dacascos, Famke Janssen, Sean Bean, Mackenyu, Nick Stahl e Madison Iseman.
“A Morte de Uma Cidade”, é um documentário de João Rosas.
No coração do Bairro Alto, mesmo no centro de Lisboa, o edifício de uma antiga tipografia é demolido para dar lugar a apartamentos de luxo.
Vendo isto como uma imagem perfeita da morte de uma certa Lisboa no rescaldo da crise financeira e do crescimento imobiliário e turístico exponencial que se lhe seguiu, o realizador filma um diário urbano que retrata o quotidiano do estaleiro de obras e os que aí trabalham.
O que começa por ser um filme centrado no trabalho acaba por ser a história da relação do realizador com a sua terra natal e com as pessoas que a construíram.
“A morte de uma cidade” de João Rosas, está nomeado para prémio de melhor documentário Doc Alliance, um galardão que é atribuído por sete festivais europeus, à margem do Festival de Cinema de Cannes, em França.