Os atores também vão paralisar por razões semelhantes às dos argumentistas. As produções de cinema e televisão podem ser ainda mais afetadas.
O sindicato que representa mais de 160 mil atores e apresentadores de cinema, rádio e televisão de Hollywood decidiu entrar em greve se não conseguir um novo acordo com os estúdios até 30 de junho.
A decisão foi ratificada na segunda-feira à noite por 98% dos cerca de 65 mil votos e as negociações devem começar na quarta-feira entre o sindicato SAG-AFTRA e a Aliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP), que representa os estúdios da Netflix, Amazon, Apple, Disney, Warner Bros. Discovery, NBC Universal, Paramount e Sony.
As reivindicações dos atores são semelhantes às dos argumentistas, que entraram na sexta semana de greve, após o sindicato do Writers Guild of America (WGA) ter falhado um acordo remuneratório com os produtores de cinema e televisão.
Os atores, muitos dos quais demonstraram apoio aos argumentistas na sua luta com os grandes estúdios, pedem também uma melhoria nas condições de trabalho e nos salários, que consideram estarem desajustados face à inflação e ao crescente papel das plataformas de ‘streaming’.
Além disso, os atores demonstraram preocupação com o uso de imagens geradas por inteligência artificial e com a gestão dos direitos de voz e imagem.
Os efeitos da greve dos argumentistas já se estavam a fazer sentir na indústria, obrigando à suspensão da produção de séries como “Stranger Things”, “Cobra Kai” ou “The Last of Us”.
Uma eventual greve dos atores pode complicar ainda mais o desenvolvimento de novas produções em Hollywood.
Fonte: SAPO Mag
Liliana Teixeira Lopes