O ciclo vai passar na Cinemateca nas vésperas do Jornada Mundial da Juventude.
A Cinemateca Portuguesa dedica, em julho, um pequeno ciclo de cinema às escolhas cinéfilas do Papa Francisco, nas vésperas da Jornada Mundial da Juventude, que Lisboa acolhe em agosto.
“Ao todo, serão cinco filmes que nos darão a conhecer o gosto cinéfilo de uma figura incontornável do século XXI e que nunca abdicou de revelar o seu lado mais pessoal”, escreve a Cinemateca Portuguesa na programação de julho.
O ciclo acontece de 28 a 31 de julho e abre com “A Estrada” (1954), de Federico Fellini, que, lembra a Cinemateca, “causou acirrada polémica na Europa: a esquerda considerou-o ‘reacionário’ e acusou Fellini de trair o neorrealismo, ao passo que as vozes oficiais católicas foram extremamente prudentes”.
Protagonizado por Anthony Quinn e Giulietta Masina, o filme de Fellini “conta a história da jovem Gelsomina que é vendida ao cigano Zampanò, que se exibe em feiras de aldeia a rebentar correntes com o tórax. Ela exerce as funções de criada, assistente e mulher do homem, tenta fugir e tudo acabará tragicamente”, refere a sinopse.
Segundo a Cinemateca, as escolhas deste ciclo têm por referência uma entrevista que o Papa Francisco deu em 2013 ao jornal L’Osservatore Romano, na qual referia “a sua antiga paixão pelo cinema e a importância deste na sua formação pessoal e espiritual”.
Além do filme de Fellini, o ciclo contará com outros dois filmes italianos: “Esposos perante Deus” (1941), de Mario Camerini, e “As crianças olham Para nós” (1952), de Vittorio de Sica.
A eles juntam-se ainda “Rapsódia em agosto” (1991), de Akira Kurosawa, e “A festa de Babette” (1987), de Gabriel Axel.
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes