O projeto de curadoria de filmes e vídeos exibe várias obras sobre o impacto da tecnologia na vida humana.
Liliana Teixeira Lopes
O projeto de curadoria de filmes e vídeos Contemporânea Film(e) exibe obras de vários artistas sobre o impacto da tecnologia na vida humana, desde dia 11 de janeiro, na Galeria Avenida da Índia, em Lisboa.
A primeira parte do projeto apresenta filmes de Alice dos Reis, Andreia Santana e Diogo Evangelista, e a segunda parte tem inauguração marcada para 17 de fevereiro, com exibição de filmes de AnaMary Bilbao, Igor Jesus, e Pedro Barateiro, segundo as Galerias Municipais.
Com direção artística de Celina Brás, o projeto Contemporânea Film(e) explora novas formas de curadoria e exibição, arte e teoria, filme e arte contemporânea, através de uma plataforma online de apresentação em contexto expositivo, segundo a organização.
São apresentados os filmes “Mandorla”, de Alice dos Reis, “Dreams of Flesh and Sand”, de Andreia Santana, “Gliese 581 G”, de Diogo Evangelista, “Love Song”, de Pedro Barateiro, “Prelude”, de AnaMary Bilbao, e “Ventríloquo”, de Igor Jesus.
Intitulada “more-than-human – perspectives on technology and futurity”, esta mostra de vídeos tem como principal objetivo, segundo a curadoria, “refletir sobre a complexa relação e análise crítica do uso da tecnologia como instrumento e dispositivo capitalista, e o seu impacto na vida humana, na permutabilidade entre o natural e o artificial, o robótico e o orgânico, e as tensões que esses processos geram”.
Do ponto de vista teórico, estão em causa “as vantagens e os riscos associados à identidade pessoal, às novas alteridades, à igualdade e justiça social, morte e imortalidade, religião e o significado da vida”, e do ponto de vista prático, “a inteligência artificial e a hibridização homem-máquina levantam questões de ética associadas ao aperfeiçoamento físico, cognitivo e moral, à defesa e à segurança”, acrescenta Celina Brás.
Esta mostra – de entrada livre – faz parte do projeto Contemporânea Film(e) que, ao longo de 2024, apresentará ainda uma edição impressa, um ciclo de cinema e um programa público, numa proposta colaborativa que abrange várias disciplinas e instituições.