A amizade masculina, o luto e a saúde mental são os temas principais da comédia britânica criada por Jack Rooke.
Liliana Teixeira Lopes
“Big boys”, escrita e criada pelo comediante e argumentista Jack Rooke, estreia-se a 7 de maio na Filmin. A série britânica conquistou os espetadores e mereceu quatro nomeações aos BAFTA (Melhor Comédia, Melhor Argumentista de Comédia, Melhor Ator de Comédia e Talento Emergente).
“Queria que as pessoas percebessem que o melhor remédio para a solidão é a amizade, o riso e a diversão”, resume o criador.
A série centra-se na exploração da amizade entre Jack (Dylan Llewellyn), um rapaz gay tímido e retraído que acabou de perder o pai e está a começar a universidade. Aí conhece o heterossexual, másculo e muito confiante Danny (Jonathan Pointing), o seu novo colega de quarto, que parece ter saído diretamente de um reality show de encontros. E, contra todas as probabilidades, nasce uma amizade entre os dois.
Jack Rooke explica que a personagem Jack é como o seu alter ego e baseia-se nas suas próprias experiências na universidade.
Tal como a sua personagem, Rooke também perdeu o seu pai prematuramente, o que marcou um ponto de viragem na sua vida. “A única forma de o ultrapassar foi através do humor. Rimo-nos das formas estranhas como as pessoas mudaram o seu tratamento para connosco. Rimo-nos, por exemplo, dos 26 pratos de lasanha que apareceram à nossa porta”, conta o britânico em comunicado.
O criador de “Big Boys” é também embaixador da instituição de caridade Calm e escreveu um livro, “Cheer the F**k Up”, um guia para oferecer apoio à saúde mental. “Sinto que a conversa sobre a saúde mental ficou saturada com esta mensagem muito básica de ‘Fala e abre-te’! Mas não deixamos que as pessoas saibam com quem falar e se abrir, ou como ser a pessoa que recebe alguém que fala sobre a sua saúde mental, como realmente ajudar e apoiar essa pessoa”, frisa.
A série conta já com uma segunda temporada, que se estreia a 18 de junho.