O filme de Jacques Audiard ganhou em todas as categorias onde concorria.
“Emília Perez”, de Jacques Audiard, foi o grande vencedor da 37ª edição dos Prémios Europeus de Cinema, que decorreu no sábado em Lucerna, Suíça.
Com quatro prémios, o filme de Jacques Audiard ganhou em todas as categorias onde concorria. Fora do palmarés ficaram a curta-metragem “2720”, de Basil da Cunha, e a coprodução portuguesa “Mataram o pianista”, dos espanhóis Fernando Trueba e Javier Mariscal.
Numa cerimónia que se prolongou por três horas e 20 minutos sem intervalos e tal como aconteceu no ano passado com “Anatomia de uma Queda”, a produção francesa traduziu em prémios todas as nomeações que recebera dos votantes da Academia de Cinema Europeu: Melhor Filme Europeu de 2024, Realização, Argumento e Atriz, com a mulher transgénero Karla Sofía Gascón a fazer história. Juntou um quinto, o ‘prémio de excelência’ para a Montagem de Juliette Welfling, onde não havia nomeados.
O prémio de Melhor Curta-Metragem Europeia foi para a norueguesa “The Man Who Could Not Remain Silent”, de Benjamin Ree, e “Flow – À Deriva”, de Gints Zilbalodis, ganhou Melhor Longa-Metragem de Animação.
Numa surpresa, o Melhor ator Europeu foi para o estreante Abou Sangare: o protagonista de “L’Histoire de Souleymane”.
A Descoberta Europeia para Melhor Primeiro Filme (prémio FIPRESCI) foi para “Armand”, de Halfdan Ullmann Tøndel (neto do cineasta Ingmar Bergman e da atriz e realizadora Liv Ullmann), cuja história gira em redor de uma suposta luta entre dois rapazes de seis anos e ao processo que os pais e a escola estabelecem para esclarecer o que aconteceu.
O Prémio de Melhor Documentário Europeu foi atribuído a “No Other Land”, uma co-produção entre Palestina e Noruega que marca a estreia na realização de um coletivo de quatro ativistas, os israelitas Yuval Abraham e Rachel Szor, e os palestinianos Basel Adra e Hamdan Ballal, que mostram a destruição de Masafer Yatta, na Cisjordânia ocupada, por soldados israelitas e a aliança que se desenvolve entre o ativista palestiniano Basel e o jornalista israelita Yuval.
A Academia de Cinema Europeu atribuiu ainda prémios de excelência aos filmes “A Substância” (Fotografia e Efeitos Visuais), “The Girl with the Needle” (Direção Artística e Banda Sonora), “The Devil’s Bath” (Guarda-Roupa), “When the Light Breaks” (Caracterização) e “Souleymane’s Story” (Som), assim como prémios de carreira à atriz italiana Isabela Rossellini, ao cineasta alemão Wim Wenders e à produtora macedónia Labina Mitovska.
https://www.europeanfilmawards.eu/
Fonte: SAPO Mag
Liliana Teixeira Lopes