A mostra inaugura este fim de semana e assinala 15 anos do nascimento de Calouste Gulbenkian.
“Calouste: uma vida, não uma exposição” é o título de uma mostra organizada no âmbito das celebrações dos 150 anos do nascimento do homem de negócios e filantropo, pela Fundação Calouste Gulbenkian, com curadoria de Paulo Pires do Vale. O perfil de Calouste Gulbenkian (que viveu de 1869 a 1955), na sua vida pública, como empresário e filantropo, e na privada, nos seus desejos, mistérios e contradições, é apresentado numa exposição que este sábado, na fundação com o seu nome, em Lisboa.
Ao percorrer a exposição, os visitantes podem ter acesso a “um passado que nunca está fechado, porque nunca há uma biografia totalmente definida”. Fotografias da construção dos edifícios da fundação, o livro de atas da primeira reunião da administração inicial, a última obra comprada por Gulbenkian para a sua coleção – a pintura “A Rua de Saint-Vincent, em Montmartre”, de Stanislas Lépine -, parte da sua biblioteca relacionada com a natureza e os animais, que adorava, são alguns elementos para o público compor uma história de vida intensa.
Além das conquistas de Gulbenkian, quer nos negócios, com as participações em várias petrolíferas, estão também registadas as frustrações de um homem muito rico, que não conseguiu comprar tudo o que queria – como o quadro de Goya, “La Condesa de Chinchón”, que está hoje no Museu do Prado – e o facto de ter querido ser cientista.
A exposição acaba com o seu nascimento, em 23 de março de 1869, data que até hoje ainda deixa dúvidas, no antigo Império Otomano.
Com uma vida muito viajada, e residências em Paris e em Londres, Calouste viria a estabelecer-se em Lisboa, onde chegou, em 1942, fugindo à Segunda Guerra Mundial, e aqui viria a deixar a sua fortuna e legado.
A mostra, que abre ao público domingo, fica patente até 31 de dezembro na galeria do piso inferior, no edifício sede da Gulbenkian.
https://gulbenkian.pt/
Fonte: Lusa.
Liliana Teixeira Lopes