A Bienal de Arte abriu no sábado e decorre até 24 de novembro.

A Lituânia venceu o Leão de Ouro para a participação nacional da Bienal de Arte de Veneza, com uma ópera-performance de três artistas. As artistas transformaram um pavilhão numa praia artificial, numa “crítica às formas de lazer” da atualidade, em que o júri destaca “o uso inventivo do local” da apresentação. O júri do concurso dedicado à arte contemporânea destaca que esta “é uma crítica ao lazer dos nossos tempos cantada por um elenco de artistas e voluntários retratando pessoas comuns”.

“Sun & Sea”, de Lina Lapelyte, Vaiva Grainyte e Rugile Barz-dziu-kaite apresenta uma “ópera brechtiana” e pretende ser também uma metáfora à forma como os tempos de lazer exercem pressão no planeta e no ambiente.

Foi ainda atribuída uma menção especial como participação nacional à Bélgica, por fornecer na sua exposição “uma visão alternativa de aspetos pouco reconhecidos das relações sociais na Europa”.

O Leão de Ouro para melhor participação na exposição internacional “May You Live In Interesting Times” foi atribuído ao norte-americano Arthur Jafa, pelo filme de 2019 “The White Álbum”, considerado pelo júri como “um ensaio, um poema e um retrato” sobre o racismo e a violência.

Com o Leão de Prata para um jovem artista foi distinguido o cipriota Haris Espa-minonda, que atualmente trabalha em Berlim.

O júri da 58ª Bienal de Arte de Veneza decidiu ainda atribuir uma menção honrosa à artista mexicana Teresa Margolles e ao nigeriano Otobong Nkanga.

A 58ª Exposição Internacional de Arte tem curadoria do britânico Ralph Rugoff, diretor da Hayward Gallery, em Londres.

https://www.labiennale.org/en/art/2019

Fonte: Lusa