Uma obra realizada para a Netflix, bem feita, que conta uma história louca, de um festival que prometia muito, mas que não aconteceu. Aqui aplica-se a máxima “muitas vezes a realidade ultrapassa a ficção”.
Liliana Teixeira Lopes
Era para ser “o maior festival de sempre”, o “festival dos festivais”. Ia ser um sonho tornado realidade, passado numa ilha das Bahamas, num cenário paradisíaco, cheio de celebridades, com um cartaz cheio de nomes fortes da música. O “Fyre Festival” devia acontecer no verão de 2017, com o público instalado ora em tendas de luxo, ora em vivendas, chalés, enfim… mas não foi isso que aconteceu.
Na realidade tornou-se numa das maiores fraudes dos últimos tempos, com prejuízos gigantescos, numa história verdadeiramente rocambolesca.
Foram feitos dois documentários sobre este assunto, mais ou menso na mesma altura: “Fyre Fraud” para a Hulu; e “Fyre: The Greatest Party That Never Happend” para a Netflix… Falamos aqui sobre este último.
“Fyre: The Greatest Party That Never Happend” tem pouco mais de hora e meia, é realizado por Chris Smith e conta toda a história deste festival e do seu total fracasso.
Tudo começou na edição do Web Summit, em 2016, quando os sócios Billy McFarland e o rapper Jah Rule apresentaram a “Fyre App”, uma aplicação que prometia a possibilidade de agendar grandes concertos para pequenos eventos promocionais, por um valor reduzido, acordado entre ambas as partes.
Como forma de promover a aplicação, surgiu a ideia do Fyre Festival, uma experiência única e de luxo, numa ilha nas Bahamas, “comprada” pela empresa, que tinha pertencido ao barão da droga Pablo Escobar. E começam os problemas.
A história do “Fyre Festival” é incrível, surreal e um caso de polícia que já colocou o seu mentor, Billy McFarland na prisão e que conta ainda com vários processos judicias a decorrer nos tribunais.
A ver.