Já são conhecidos os doze nomeados para o Mercury Prize de 2019.

Numa lista que não inclui nenhum registo de música electrónica, destacam-se Little Simz com “GREY Area”, NAO com “Saturn” e, ainda, três estreias nos álbuns. Duas de MCs, para “Psychodrama” de Dave e “Nothing Good About Britain” de Slowthai, e uma no jazz com “Driftglass” dos SEED Ensemble a ser a grande surpresa das nomeações. Nos restantes nomeados, estão artistas como os Foals, os Idles e os The 1975, entre outros.


De fora ficaram nomes de peso como James Blake e Jon Hopkins, pelos discos “Assume Form” e “Singularity” respectivamente, e que falham assim a possibilidade de entrarem no grupo restrito de artistas que já receberam três nomeações para o galardão. Recordamos que Blake recebeu o prémio em 2013, pelo seu segundo LP, “Overgrown”

No ano passado, “Visions of a Life” da banda de rock alternativo Wolf Alice foi o álbum vencedor, deixando para trás nomes como Everything is Recorded, Sons of Kemet ou, ainda, Jorja Smith, que este ano integra o painel de jurados. Ao lado dela, muitas figuras de peso de várias quadrantes da indústria, como Annie Mac da BBC ou Stormzy, entre outros.

O Mercury Prize é um dos prémios mais conceituados da música britânica, sendo atribuído anualmente, desde 1992, ao melhor álbum do ano assinado por um artista britânico ou irlandês. Ao longo de quase três décadas, a lista de galardoados inclui, por exemplo, Portishead, Skepta, Ms Dynamite e Dizzie Rascal. Até hoje, só PJ Harvey conseguiu a proeza de vencer mais do que uma vez, por “Stories from the City, Stories from the Sea” (2001) e “Let England Shake” (2011) dez anos mais tarde.

O vencedor da edição de 2019 do Mercury Prize será conhecido a 19 de Setembro, na habitual cerimónia no Hammersmith Apollo, em Londres.

João Barros