O festival vai na 10ª edição e realiza-se há 13 anos, naquela aldeia, no concelho de Tomar. Começa hoje e decorre até domingo.
O festival Bons Sons, que decorre na aldeia de Cem Soldos, em Tomar, de hoje a domingo, 11 de agosto, assinala a 10ª edição com o lançamento de um livro que retrata o evento e os artistas que nele participaram. “Bons Sons x10: uma aldeia em manifesto” é o título do livro que “celebra os 13 anos e as 10 edições que o Bons Sons completa este ano, e que revela muitas histórias da vida do festival”, divulgou a organização, o Sport Clube Operário de Cem Soldos.
Produzido em parceria com as Edições Escafandro, o livro faz o percurso do festival de música portuguesa, que se realiza desde 2006 na aldeia de Cem Soldos, no concelho de Tomar, no distrito de Santarém, atraindo milhares de festivaleiros.
Na capa estão representados os autores que dão nome aos palcos da aldeia, entre compositores, músicos, musicólogos, ensaístas: Fernando Lopes-Graça, Michel Giacometti, João Aguardela, Amália, José Afonso, Agostinho da Silva e os mais recentes, António Variações e Carlos Paredes. No interior, cada edição do Bons Sons “surge representada de acordo com a imagem gráfica que a marcou, e todas juntas dão a conhecer o festival, a comunidade que o faz e parte da cultura portuguesa”, refere a apresentação do livro.
Musicalmente, por estes dias há música de Stereossauro, DJ Ride, Fogo Fogo, Scúru Fitchádu, Pedro Mafama, Senza, Afonso Cabral, Ricardo Toscano e João Paulo Esteves da Silva, Raquel Ralha & Pedro Renato e Moullinex, entre muitos outros.
O festival mantém as parcerias com o Materiais Diversos e o Curtas em Flagrante que levam ao Auditório Agostinho da Silva espetáculos de dança, teatro e uma seleção de curtas-metragens.
Entre as novidades, destaque para uma parceria com o um projeto de jornalismo Fumaça, responsável pela organização de debates e conversas durante o festival.
Organizado desde 2006, o Bons Sons manteve-se bienal até 2014, passando depois a realizar-se anualmente.
A aldeia de Cem Soldos é fechada e o seu perímetro delimita o recinto que acolhe 10 palcos integrados nas ruas, praças, largos, igreja e até garagens e lagares. São os cerca de mil habitantes da aldeia que organizam e montam o festival, ao longo do qual acolhem e servem os visitantes, numa partilha que distingue o Bons Sons dos restantes festivais nacionais.
https://www.bonssons.pt/
Liliana Teixeira Lopes