Esta série dramática sobre um surto de ébola nos EUA em 1989 está em exibição no canal National Geographic.

Liliana Teixeira Lopes

Está desde 22 de Setembro a ser exibida no canal National Geographic a minissérie de seis episódios “The Hot Zone”. Protagonizada por Julianna Margulies, que conhecemos de “The Good Wife” e que volta aqui a juntar-se ao realizador Ridley Scott, “The Hot Zone” conta como o vírus assassino do ébola chegou aos Estados Unidos da América. É a dramatização de uma história real.

A série é baseada no best-seller homónimo de Richard Preston e é criada por James V. Hart. Nos papeis centrais, além de Julianna Margulies, conta ainda com Liam Cunningham, Topher Grace, Noah Emmerich, James D’Arcy e Robert Sean Leonard.

Em julho, na República Democrática do Congo, a Organização Mundial da Saúde declarou o estado de emergência internacional devido ao ébola, ali descoberto, pela primeira vez, em 1976.

Em 1989, o vírus viajou de avião, da floresta tropical da África Central para os EUA, alojado num passageiro que tinha vivas erupções na pele, intensas crises de vómitos e o sistema imunitário muito debilitado.

A patologista Nancy Jaax, para quem “só os factos contam”, trabalha num laboratório do Exército, um dos locais mais seguros do mundo. E vai ser, precisamente, aí que verá a sua vida posta em risco, quando lhe chega uma amostra para analisar, foco do vírus da febre hemorrágica símia. Vai contar com a ajuda do seu marido Jerry Jaax, Wade Carter aliado na luta para evitar que o vírus se espalhe e que esteve envolvido no tratamento do surto na década de 1970, e Peter Jahrling, virologista a entrar em conflito sobre a melhor maneira de lidar com o ébola. Para Nancy, líder da operação, só o medo vai mantê-los concentrados.

Numa entrevista à agência Lusa, a protagonista da série, Julianna Margulies, disse que se tornou “hiperconsciente” e que mudou a sua vida quotidiana em função do que aprendeu no papel de Nancy Jaax.

A série está bem feita, durante seis episódios prende o espetador ao ecrã e estreia-se numa altura em que o vírus altamente infeccioso está ativo e já matou mais de duas mil pessoas desde agosto de 2018, altura em que a República Democrática do Congo declarou o seu décimo surto de ébola nos últimos 40 anos. É o segundo surto mais mortífero do ébola desde que há registo.