Às salas nacionais chega um drama biográfico e o tão aguardado vencedor do prémio máximo de Veneza.
Liliana Teixeira Lopes
O mote é “dizer sim à vida e não ao ódio”. “Skin” é um drama biográfico, uma muito antecipada ampliação do universo criado por Guy Nattiv na sua curta do mesmo nome, vencedora do Oscar Para Melhor Curta Metragem em Imagem Real em 2019.
“Skin” conta a história de Bryon Widner, um jovem que foi criado por skinheads notórios na comunidade de supremacia branca. Só que tudo muda quando Bryon decide também mudar de vida e abandonar todo o ódio e a violência que lhe foram ensinados, com a ajuda de um ativista dos direitos dos negros.
Nos papeis principais estão Jamie Bell, Danielle Macdonald e Daniel Henshall.
“Joker” foi a surpresa no festival de cinema de Veneza. Ganhou este ano o prémio máximo, o Leão de Ouro.
Existem dois universos cinematográficos de super-heróis: um tem impacto e sucesso esmagadores, a Marvel, o outro é o da DC Comics.
Segundo o realizador de “Joker”, Todd Phillips, não é possível competir diretamente com a Marvel e foi por isso que decidiu fazer diferente com este filme, protagonizado por Joaquin Phoenix. Phillips decidiu, assim, fazer um filme que a Marvel nunca poderia fazer.
Enquanto a Marvel liga os seus super-heróis entre si em filmes destinados ao público adolescente, “Joker” não pertence ao Universo Cinematográfico DC onde se relacionam Super-Homem, Batman, Mulher-Maravilha ou Aquaman, e tem uma classificação para adultos por causa da violência sangrenta forte, comportamento perturbador, linguagem e breves imagens sexuais.
Neste filme “Joker”, um comediante de stand-up fracassado enlouquece. A doença agrava-se e transforma-se num assassino psicopata.
No que descreveu como uma das grandes experiências da sua carreira no Festival de Toronto e que os analistas acreditam que o levará aos Óscares, Joaquin Phoenix é Arthur Fleck, palhaço durante o dia, comediante falhado à noite: o filme mostra como caiu na loucura e se transformou no vilão homicida e o grande inimigo de Batman após ser ridicularizado pela cidade de Gotham no início dos anos 1980.
O filme está a ser considerado como um “herdeiro” de “Taxi Driver”, de Martin Scorsese, até pelo uso da violência “justificada” na obra. E para ajudar na comparação há que dizer que Robert De Niro é também um dos atores de este “Joker”.