Tinha 77 anos.

O músico, compositor e produtor José Mário Branco, um dos mais importantes autores e renovadores da música portuguesa, morreu durante a noite de segunda para terça-feira aos 77 anos. A confirmação foi dada à agência Lusa o seu ‘manager’, Paulo Salgado.

Nascido no Porto, em maio de 1942, José Mário Branco é considerado um dos mais importantes autores e renovadores da música portuguesa, em particular no período da Revolução de Abril de 1974, cujo trabalho se estende também ao cinema, ao teatro e à ação cultural.

Foi fundador do GAC – Grupo de Ação Cultural, fez parte da companhia de teatro A Comuna, fundou o Teatro do Mundo, a União Portuguesa de Artistas e Variedades e colaborou na produção musical para outros artistas, como Camané, Amélia Muge ou Samuel, entre muitos outros.

José Mário Branco editou o seu primeiro longa-duração, “Mudam-se os tempos mudam-se as vontades”, ainda no exílio em França, em 1971, musicando textos de Natália Correia, Alexandre O’Neill, Luís de Camões e Sérgio Godinho.

O último álbum de originais, “Resistir é vencer”, data já de 2004. Mas depois disso, José Mário Branco participou no projecto Três Cantos, ao lado de Sérgio Godinho e Fausto Bordalo Dias, que resultou numa série de concertos, um álbum e um DVD.

Em 2016, assegurou a direção musical do filme “Alfama em si”, de Diogo Varela Silva.

https://youtu.be/3turCsGeKHo

A vida de José Mário Branco foi passada em revista, com a participação do próprio músico, no documentário “Mudar de vida”, de Nelson Guerreiro e Pedro Fidalgo.

Em 2018, José Mário Branco cumpriu meio século de carreira, tendo editado um duplo álbum com inéditos e raridades, gravados entre 1967 e 1999. A edição sucede à reedição, no ano anterior, de sete álbuns de originais e um ao vivo, de um período que vai de 1971 e 2004.

Em agosto, a RTP1 estreou um documentário sobre José Mário Branco, que fez parte da série de produções “Vejam Bem”.

https://www.rtp.pt/play/p5034/e422018/vejam-bem?fbclid=IwAR30rYx290ghv8Tb9dObHrkINBfHZo-YKsRAYqGQUUnjI8CRbKkFS0CqYY4

Fonte: Lusa / SapoMAG

Liliana Teixeira Lopes