A primeira longa de Ico Costa, o mais recente de Terrence Malick e um documentário sobre PJ Harvey estão entre as novidades da semana nos cinemas.
Liliana Teixeira Lopes
A primeira longa-metragem de ficção do realizador Ico Costa, “Alva”, estreia-se esta semana nas salas de cinema portuguesas. É um filme-desafio para o espectador pensar o que quiser sobre a narrativa, protagonizada por um não-ator.
Numa entrevista à agência Lusa, o realizador disse, e passo a citar: “O filme é levemente inspirado em algumas histórias locais que circularam na imprensa. O filme era um desafio muito grande, de tentar que o espectador ficasse com a ideia de estar só a olhar para um homem durante mais de metade de um filme, sem falar. Que pensasse o que quisesse sobre o que o ator poderia estar a sentir, o que faria a seguir”.
Grande parte de “Alva” não tem diálogos; a câmara testemunha os gestos e as passadas do protagonista, em fuga, sozinho, escondido em espaços inabitados.
Henrique Bonacho surge no papel de um homem que deambula por uma floresta, depois de ter cometido um crime.
A rodagem aconteceu na região de Oliveira do Hospital e o rio Alva dá nome ao filme. “Alva” estreou no Festival de Cinema de Roterdão, nos Países Baixos, e integrou o IndieLisboa.
“Uma Vida Escondida” é o mais recente trabalho de Terrence Malick e conta com as interpretações de August Diehl, Michael Nyqvist e Valerie Pachner.
“A Hidden Life” (no original) é inspirado e factos reais. Leva-nos até 1939, em plena Segunda Guerra Mundial.
O austríaco, Franz Jägerstätter, rejeita lutar pelos Nazis, não jurando lealdade a Hitler. Franz é preso por traição deixando a sua mulher e os seus filhos sozinhos, no meio do maior conflito da história da humanidade.
“PJ Harvey: A Dog Called Money” é um documentário assinado na realização por Seamus Murphy sobre a artista.
Para o seu nono álbum de estúdio, PJ Harvey, um ícone da música alternativa, visitou o Afeganistão, o Kosovo, e Washington D.C., com o objetivo de conversar com pessoas locais e deixar que as suas histórias inspirassem as letras das suas canções.
Seamus Murphy, fotógrafo e realizador premiado, capturou esses momentos neste ambicioso documentário.