O New York Portuguese Short Film Festival começa na capital alemão no dia 30.
Liliana Teixeira Lopes
Berlim recebe a 9ª edição do festival de curtas-metragens portuguesas New York Portuguese Short Film Festival, que tem vindo a registar um aumento de documentários a concurso. As comédias são ainda poucas.
São no total 15 filmes, que o festival já levou a vários pontos do mundo, e que chegam no dia 30 de janeiro ao cinema Babylon de Berlim, onde é esperada, mais uma vez, sala cheia.
O New York Portuguese Short Film Festival teve a sua primeira edição em junho de 2011 e foi o primeiro festival de curtas-metragens portuguesas, nos Estados Unidos.
Passa por 53 cidades, de mais de 20 países, e mostra o trabalho da nova geração de jovens realizadores portugueses. Em cada edição recebe entre 90 e 100 candidaturas.
Ana Ventura Miranda, diretora do Arte Institute e do festival explicou, em declarações à agência Lusa, que “a qualidade dos filmes é ótima, os guiões não são estáveis, há anos melhores que outros, mas muito raramente aparecem comédias” e acrescenta que acha “que até somos um povo que, apesar do fado, somos divertidos, mas é um género que é muito raro aparecer”.
“Pele de Luz”, de André Guiomar, “The Right To Be Remembered”, de Rúben Sevivas, “Outro Ritmo”, de Elton Fortes, Felix Lima, Pedro Ferreira e Tiago Nunes, “On The Cusp”, de Yuri Alves, “PIP”, de Bruno Simões, “Terra Amarela”, de Dinis M. Costa, “A Boneca” de Gonçalo Morais Leitão e “Fugiu. Deitou-se. Caí.”, de Bruno Carnide encontram-se entre as obras selecionadas.
As curtas-metragens foram selecionadas e submetidas à apreciação de um júri composto por figuras do meio cinematográfico português, brasileiro e americano, como Jake Benjamin e Bruno Toré, ambos montadores, e Flávia Guerra, jornalista e documentarista.
Em Berlim, o ator Welket Bungué, que participa no filme “Terra Amarela” (que já mencionei), de Dinis M. Costa, vai estar presente para falar desse trabalho.
Ana Ventura Miranda espera um público “maioritariamente português”, mas também vários estrangeiros e explica que “os portugueses em Berlim são sempre inclusivos”, que “o público de Berlim convida sempre alemães ou amigos de outras nacionalidades para irem ver”.