Os Grammys, a noite maior da indústria musical americana (e não só), aconteceram este domingo, na sombra do desaparecimento do basquetebolista Kobe Bryant — mais ainda porque a cerimónia aconteceu, horas depois, no Staples Center, a casa dos Lakers, a equipa onde jogou durante os 20 anos da sua carreira.
Vamos à música. E a história dos quatro principais prémios é fácil de contar: Billie Eilish venceu melhor álbum, canção, gravação e artista revelação.
Pelo seu álbum de estreia, “When We All Fall Asleep, Where Do We Go”, a artista que vai estar no NOS Alive este ano, recebeu mais dois outros galardões e o irmão, Finneas O’Connell, foi consagrado Produtor do Ano na categoria Não Clássica.
Lizzo e Lil Nas X eram os outros grandes candidatos da noite. A cantora ficou com 3 prémios e teve a honra de abrir a noite: primeiro com uma atuação e depois a vencer Melhor Performance Pop a Solo.
Já Lil Nas X teve de se contentar com Melhor Vídeo e Melhor Performance Pop em Dueto ou Grupo, pelo mega sucesso “Old Town Road”, a meias com Billy Ray Cyrus.
Nas categorias ligadas à electrónica, destaque para os Chemical Brothers: “Got To Keep On” ganhou Melhor Gravação e “No Geography” fica como Melhor Álbum do género.
Esta foi também a noite em que Tyler the Creator venceu o seu primeiro Grammy: o mais recente “Igor” foi considerado Melhor Álbum Rap. E mesmo ali ao lado, a homenagem ao rapper Nipsey Hussle, através de uma atuação mas também de um Grammy póstumo de Melhor Performance Rap.
Já Anderson Paak levou para casa dois prémios: Melhor Canção R&B ao lado de Andre 3000 e Melhor Álbum R&B para o seu “Ventura”.
Menção ainda a Rosalía: com “El Mal Querer”, a catalã venceu uma categoria latina que engloba Rock, Música Urbana e Música Alternativa.
E finalmente, a lista de vencedores nas categorias Jazz: Esperanza Spalding do lado vocal. Brad Mehldau, do lado instrumental. E Chick Corea, do lado latino.
A academia entrega ainda prémios em duas categorias de Spoken Word: uma na qual entram, por exemplo, audiolivros, e essa foi ganha por Michelle Obama. E outra para álbuns de comédia, entregue este ano a Dave Chappelle.
Os Grammys são sempre um lugar para atuações surpreendentes: este ano, destaque ao tributo a Prince, encabeçado por Usher, FKA Twigs e pela baterista Sheila E., mas também ao re-encontro dos Aerosmith com os Run DMC, quase 25 anos depois da gravação conjunta de “Walk This Way”.
Os Grammys regressam daqui a 12 meses, para voltar a reflectir sobre o que se passou na indústria musical ou pelo menos, em parte dela.
https://www.grammy.com/grammys/news/2020-grammy-awards-complete-winners-list
João Barros