A Resident Advisor conversou com editoras e fãs deste formato que está a ter um recorde de vendas desde os últimos 20 anos.
O impacto da pandemia de Covid-19 contribuiu para um enorme aumento do interesse, com as vendas a duplicarem, aumentando pelo décimo ano consecutivo.
Da mesma forma que o vinil, esse aumento deve-se em grande parte aos novos lançamentos de grandes nomes do pop e do rock, como Harry Styles e The Arctic Monkeys.
Mas a comunidade da música eletrônica também sente o crescimento, principalmente desde o início da pandemia.
Cooper Bowman, que dirige a editora Altered States Tapes, de Melbourne, lançou mais de 150 cassetes desde 2010.
Falando ao Resident Advisor, ele disse que produz tudo relativamente barato em casa, o que lhe permite manter os preços baixos, à volta dos 9 euros por cassete.
A desvantagem do pico de vendas pandêmico foi o aumento subsequente nos custos de envios internacionais, a maioria dos pedidos desta editora é feita na europa e o envio de uma única cassete hoje pode custar entre 15 e 26 euros.
Bowman acredita que os custos de produção mais baixos tornam os lançamentos em cassete num plano B economicamente viável.
Jamie Burke, que dirige a editora de Glasgow “Are You Before”, concordou que o apelo é quase inteiramente impulsionado pelo aspecto financeiro , acrescenta que as cassetes também significam maior liberdade criativa e ainda refere que a fabricação de vinil não é apenas cara, mas também pode levar muito tempo, tornando-se a cassete o único formato que permite abrir uma pequena editora sem grande investimento.