A nova estrutura estabelece padrões que pretendem “salvaguardar” os trabalhadores da indústria musical etnicamente diversos em todo o Reino Unido.

O novo documento pretende “salvaguardar funcionários negros, asiáticos e etnicamente diversos, freelancers, estagiários, voluntários, trabalhadores, subcontratados e todos os outros criadores musicais que trabalham na indústria musical do Reino Unido”. 

Apoiado pela Autoridade de Padrões Independentes das Indústrias Criativas e revelado na WOMEX deste ano, o guia apresenta padrões da indústria para igualdade de remuneração, orientação, responsabilização, educação e procedimentos de denúncia de assédio. 

Fundada em 2020 por Roger Wilson e Charisse Beaumont, a BLiM trabalha para desmantelar o racismo estrutural na indústria. 

A iniciativa baseia-se nas conclusões da BLiM no relatório de 2021 ‘Being Black in the Music Industry’, desenvolvido a partir de dados recolhidos na maior pesquisa de sempre para centrar as experiências de artistas negros e profissionais da indústria. 

O relatório descobriu que mais de 85% dos músicos e profissionais negros observam barreiras ao progresso nas suas áreas. 

Além disso, mais de 70% dos profissionais da música negra sofreram racismo, seja direto ou indireto, através do trabalho, e 31% dos músicos negros acreditam que a sua saúde mental foi prejudicada desde que iniciaram uma carreira musical. 

As percentagens de artistas negras que partilharam estas experiências foram ainda maiores. 

Desde o anúncio da BLiM, várias organizações – entre elas a Sociedade Independente de Músicos, o Sindicato dos Músicos e a Attitude Is Everything – comprometeram-se a defender a estrutura.

Mariana Cruz