As duas empresas fecharam um acordo "histórico" que limita exclusividade das salas de cinema dos EUA.
Liliana Teixeira Lopes
A maior rede de cinemas dos Estados Unidos, a AMC, e os estúdios Universal alcançaram um acordo que reduz o tempo em que um filme fica exclusivamente em cartaz antes de ser distribuído em plataformas domésticas.
Segundo este acordo, apontado como “histórico”, os novos filmes da Universal ficarão disponíveis em sistemas de vídeo on demand 17 dias após a exibição nas salas.
Historicamente, os grandes filmes ficavam em média três meses em cartaz antes de irem para qualquer outra plataforma.
Não foram dados detalhes do acordo, mas a AMC, a maior rede de cinemas da América do Norte, com mais de 8.000 salas, vai receber parte da receita com o modelo video on demand.
O diretor-executivo da AMC, Adam Aron explicou: “Este acordo plurianual preserva a exclusividade da exibição em salas de cinema durante pelo menos os três primeiros fins de semana de estreia de um filme, quando normalmente é gerada a maior parte da receita de bilheteira”.
O acordo surpreendeu, pois as duas companhias estavam em conflito depois de a Universal Pictures ter antecipado estreias digitais neste momento difícil para a indústria, devido à pandemia do novo coronavírus, que levou ao fecho de salas e paralisou produções.
Em abril, a AMC anunciou que não projetaria nenhum filme da Universal nas suas salas depois de o estúdio ter lançado a sequela do filme infantil “Trolls: Tour Mundial” diretamente em plataformas digitais em pleno confinamento devido à COVID-19.