Os promotores de espetáculos pedem ao Governo um calendário de eventos no verão, reivindicam compensações devido à perda de lotação e pedem a extensão das datas-limite para os reagendamentos dos eventos e reembolso dos vouchers.
Os promotores de espetáculos e festivais querem mecanismos de financiamento e cobertura de risco, para fazer face ao impacto da pandemia no setor, e mantêm a esperança num calendário de eventos no verão, “seja ele qual for”.
O pedido de medidas específicas é feito pela APEFE – Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos, numa carta enviada na semana passada ao ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, e à ministra da Cultura, Graça Fonseca, com conhecimento do primeiro-ministro. Na carta, citada pela agência Lusa, a associação recorda que “esta indústria tem estado praticamente paralisada há 11 meses, e não existem ainda bases sólidas que permitam garantir a sua sustentabilidade”.
A APEFE, que representa cerca de 60 promotoras e entidades de espetáculos, defende quatro medidas para apoiar o setor, entre as quais uma linha de crédito específica e um seguro que cubra “pelo menos parcialmente as perdas” associadas a “eventuais restrições” decorrentes da pandemia.
A APEFE quer também que seja criado um “mecanismo de cobertura de risco de perda de rendimento resultante das restrições no número de lugares” na lotação dos espaços, e defende um prolongamento da aplicação do decreto-lei, que diz respeito a reembolsos e reagendamentos de espetáculos.
O governo francês decidiu na quinta-feira, permitir a realização de festivais e eventos de música para uma audiência de 5.000 pessoas, sentadas e com distanciamento. Uma proposta que os promotores portugueses consideram conservadora, porque isso significaria que nenhum dos grandes eventos será possível, tornando praticamente impossível todos os grandes festivais em Portugal”.
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes